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    El balance del 2009 desde la óptica de Vítor Besugo

    Em 2009, assisti a cerca de duas dezenas de corridas, desde Loulé até Bragança, vi grandes corridas de toiros, bons momentos de toureio e emocionantes pegas mas também apanhei grandes desilusões, muitas vezes por culpa dos toiros que não transmitem e não proporcionam êxitos artísticos.
    Vou começar pelos toiros, 2009 pautou-se pela entrada de curros espanhóis pelas nossas arenas, em Sousel e em Garvão vi novilhos bem apresentados a andar para o cavalo e a pedir contas aos forcados, mas passado algum tempo vi toiros da mesma ganadaria em Aljustrel e em Ferreira do Alentejo parados e sem som, uma verdadeira desilusão.
    Dos cavaleiros que vi actuar em 2009, Tito Semedo foi aquele a que assisti a mais actuações, está bem montado, o “Descarado” é já considerado um dos melhores cavalos de toureio, mostra uma grande evolução mas por vezes precipita-se e deixa fugir triunfos. Gostaria de o ver em 2010 confirmar alternativa no Campo Pequeno.
    António Ribeiro Telles continua a ser o cavaleiro que mais me enche o olho, pela forma como encara cada lide, a sua mestria, a sua classe, sem duvida um dos triunfadores de 2009, enorme a sua actuação a 6 de Outubro na Palha Blanco em Vila Franca de Xira.
    Luís Rouxinol, continua a ser um cavaleiro de êxitos, pela diversidade do seu toureio, e a forma como continua a chegar ás bancadas, é daqueles cavaleiros que leva publico ás praças. Por falar em cavaleiros que levam público ás praças Joaquim Bastinhas é o nº1, goste-se ou não, tem sido ao longo dos anos um fenómeno de popularidade, principalmente nas praças do interior, e este ano assisti a muitas corridas de Joaquim Bastinhas no interior do Alentejo, mas onde vi a sua melhor actuação foi no Campo Pequeno em Lisboa, na alternativa de Duarte Pinto.
    O seu filho, Marcos Tenório também evoluiu muito, está sereno e mostra de dia para dia que pode vir a ser um dos casos sérios da tauromaquia portuguesa. Outros jovens valores vão despontando, uns já quase que se podem afirmar valores seguros, principalmente os jovens da casa Telles, e João Moura Jr.
    Uma boa surpresa em 2009 foi também Tiago Carreiras que com o seu cavalo “Quirino” arrecadou merecidos troféus.
    Uma palavra ainda para as mulheres que vinham disputando êxitos lado a lado com os homens, 2009 foi na minha opinião, um ano para esquecer. Tanto Ana Batista como a Sónia Matias, andaram longe dos êxitos e triunfos de outros anos. Em Ana Batista notei muita falta de confiança. Mas pode ser que o defeso faça bem a ambas e em 2010 venham novamente com ganas de triunfos.


    No toureio apeado assisti a uma grande actuação de Pedrito de Portugal no Campo Pequeno mas o que mais marcou foi o regresso de Vítor Mendes pelo seu valor e entrega, como se de um jovem á procura de oportunidade se tratasse.
    No capitulo da forcadagem, assisti a grandes pegas, mas a corrida que mais me marcou foi a de dia 6 de Outubro em Vila Franca de Xira, onde Vasco Dotti se despediu, não só pela grande actuação do Grupo de Vila Franca de Xira, mas também por todo o ambiente em seu redor. Infelizmente assisti a vários acidentes por bandarilhas, e deixo aqui mais um apelo aos senhores cabos dos grupos de Forcados para que em 2010 não aceitem pegar corridas sem que as bandarilhas de mola seja utilizadas.
    Nota ainda, para o grupo de Montemor que continua a ser considerados por todos como o melhor de Portugal. E que este ano em que comemorou 70 anos teve tardes e noites de grande brilhantismo e onde o destaque maior vai para a corrida dos Graves no Campo Pequeno, Corrida essa que considero de exaltação ao Forcado Amador.
    Mas os Grupos que mais vi, foram os grupos do baixo Alentejo, onde incluo o Grupo de Cascais.
    A melhor actuação destes grupos na minha modesta opinião foi para a actuação do real Grupo de Moura na corrida das Rádios Locais em Santarém, onde os forcados da cara estiveram muito bem e os ajudas enormes.
    Depois gostei da actuação segura dos Amadores de Cascais no Campo Pequeno, onde pegaram com eficiência os seus dois toiros á primeira tentativa e onde não acusaram a responsabilidade de pisar a principal praça do País, ao contrario dos amadores de Cuba, que acusaram, e de que maneira, essa mesma responsabilidade. Dos Amadores de Cuba vi uma grande Pega de Célio Santos em Garvão, que fica na memória de quem assistiu.
    Os Amadores de Beja continuam a sua caminhada passo a passo, marcando o seu espaço e foram um dos grupos revelação da temporada, com muita gente nova e um futuro risonho.
    Finalmente uma nota para o publico, que em ano de crise, não deixaram de ir aos toiros, e cada vez com mais gente jovem na bancada o que assegura o futuro da festa. Vi praças cheias em Entradas, Garvão, Loulé, no Festival de Aljustrel, o Campo Pequeno esgotado várias vezes, e até em Bragança onde agora parece começar a nascer o gosto pelas corridas de toiros a praça encheu. - VITOR MORAIS BESUGO