Triunfadores NATURALES 2016 - Cavaleiro de Alternativa
Terminada a Temporada Taurina, e com a intenção de distinguir os que mais se destacaram nas respectivas categorias, o NATURALES solicitou aos seus colaboradores que indicassem um nome para cada ofício, e assim, de modo democrático, chegarmos aos que sobressaíram este ano no nosso país.
CAVALEIRO DE ALTERNATIVA
DESERTO
É verdade,
aconteceu! No NATURALES venceu por pouca (mínima) margem o ‘deserto’.
É raro
verificar-se o desplante de se dizer que não houve ninguém melhor que ninguém,
quanto muito até nos deparamos é com triunfadores inesperados, para não falar
quando se inventam categorias por forma a bafejar todos e não parecer mal a
nenhum.
A falta de
triunfos sonoros, replicáveis e acima de tudo, reais, não permitiu a ‘notoriedade’
a solo de quem quer que seja e ditou novamente que a temporada fosse entregue
aos cavaleiros consagrados, cuja experiência se reflecte em desempenhos
uniformes.
Na nossa
votação, houve variedade de nomes sugeridos, todos eles bem justificados, mas
não houve nenhum repetido, a não ser o ‘deserto’, pelo que damos o peito ao
toiro, e venha de lá a consumação da sorte.
Contudo, não
podemos deixar de falar nos nomes daqueles que consideramos destacados nesta
temporada.
António Ribeiro
Telles é o primeiro. Uma temporada como há muito não lhe víamos, consistente de
argumentos, regularidade nas suas lides, e depois…sabe tourear como poucos. É
que uma coisa é ir deixar os ‘ferrinhos’ onde quer que se pare o toiro, outra
bem diferente, é tourear a cavalo.
A par do
cavaleiro da Torrinha temos Luís Rouxinol, que uma temporada mais conciliou a
quantidade com a regularidade. O entendimento do toiro, as boas montadas, o
arrimo em qualquer praça, em qualquer cartel e com qualquer toiro, sejam os “bons”
ou os “maus”, fazem de Rouxinol a presença segura e o triunfo certo em qualquer
cartel.
Outro veterano
que por algumas ocasiões em 2016 pautou por nos reavivar a memória de outros
tempos foi o cavaleiro João Moura. Ainda que por vezes a condição imponha já
alguma limitação, Moura teve este ano actuações dignas de registo.
Pese embora a sua
presença em arenas lusas seja sempre condicionada a meia dúzia de espectáculos,
o pouco que veio este ano às nossas praças, veio para encher e para marcar a
diferença. Falamos de Diego Ventura. Independentemente do gosto pessoal de cada
um para o toureio, ou da sua limitação nos encastes, a verdade é que o
rejoneador triunfou sempre por onde passou e mostrou que o que faz está a
anos-luz do que a maioria quer e pode fazer.
Dos restantes,
2016 foi um ano para Filipe Gonçalves reforçar o seu estilo e encontrar público
para temporadas vindouras; Moura Jr. voltou a demonstrar uma maturidade e
regularidade no seu toureio; calhe 2017 estar em ‘ano sim’ para Francisco Palha
e poderemos ter deste artista mais certezas; Miguel Moura já deu indicações que
é dos mais novos o que na próxima temporada não vai andar a brincar a feijões.
A nossa avaliação teve em conta actuações de portugueses e estrangeiros esta temporada em Portugal.