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    Opinião: "2017 à porta e um Santo para muitos altares"


    Mais que passada que está a temporada de 2016, as expectativas estão agora na próxima.

    A dias de um novo ano, parece esquecida e já longínqua, a memória do que foi a época taurina do ano ainda corrente. Uma temporada banal em que houve um claro destacado, o Toureio a Pé, para gáudio daqueles que o defendem e ambicionam vê-lo com mais frequência nas nossas praças.

    E nele pode residir a primeira esperança para 2017. 

    Embalados pelo triunfo em 2016 da 'arte de montes', espera-se que nela se faça maior aposta no próximo ano, trazendo até às nossas praças as grandes Figuras. Algumas das ditas, sabem-se já presentes e repetidas da época passada, mas não podemos esquecer os da casa e acima de tudo dar oportunidades aos mais novos, e desses, existe aí uma fornada nas várias escolas de toureio portuguesas que nos dão alento para um futuro risonho.

    A vila de Mourão, como sempre, dará o primeiro passo para 2017 ao apostar nesta vertente do toureio com a concretização do festejo misto. E em duas doses, um com mais 'apeado' que o outro, mas ambos de qualidade e sem descurar o "nacional", pois que o temos muito bom.

    Anseia-se, que a Mourão, se sigam outros exemplos por parte dos nossos empresários e noutras praças.

    E a verdade é que ainda o 2016 solta os últimos suspiros, e já apressados, se destapam alguns reivindicando as suas intenções: "Eu trarei o Padilla em 2017!!", "Eu também!!", "E ele também!"...

    Belíssimo! O Toureio a Pé já marca o passo para 2017!!

    Mas quem os viu noutros anos, contidos, receosos de que os seus cartéis e trunfos fossem sabidos antes de tempo, por vezes até intimidantes acaso houvesse 'furos jornalísticos'. .. ao vê-los agora antecipar contratações com esta distância temporal ao evento, sabe-nos a rebuçado. 

    Contudo, não deixa de ser curioso, que o rebuçado é o mesmo...

    Depois de Padilla ter triunfado em 2016 em Mourão, em Serpa e de ter arrebatado por duas vezes Lisboa, não seria de esperar outra coisa se não que em 2017, Juan José Padilla regressasse a Portugal, e especialmente ao Campo Pequeno. Mas ao que parece, o espanhol não se ficará em 2017 só pela capital, sendo a vedeta que todos anunciam e desejam nas principais praças do país.

    Se é exclusivo de Lisboa? Não, felizmente!
    Se é mau para a Festa repeti-lo? Não, pelo contrário. Animou o Toureio a Pé em Portugal e ganhou-se um novo ídolo.
    Mas que falta originalidade...falta!

    A Festa não necessita que se "bata no ceguinho", nem que se faça render o peixe até se esgotar (e enjoar) a fórmula, mas sim que se aproveite esta onda de revitalização do Toureio a Pé e se crie competição, se dê variedade e se perspectivem outros ídolos! Pelo que Padilla sim mas com moderação. 

    De todo o modo, agradecemos sem dúvida, a futura dedicação ao Toureio Apeado para 2017, mas não esquecer que "um santo não pode estar em dois altares", e por este andar, gasta-se o 'santo'. 

    Resta desejar que o próximo ano nos traga uma Temporada repleta de verdadeiros triunfos, de competição nas arenas, de Toureio exigente e de Toiros bravos! 

    Havendo qualidade na arena, haverá futuro.

    Boas Entradas em 2017 que Mourão está à porta...






    Patrícia Sardinha