Corrida de Toiros Real em Évora
Évora, 9 de Julho de 2010
Fotos por:
Pedro Batalha
Crónica por:
Vitor Besugo
"Castros á antiga na Catedral do Forcado"
Noite dura para os forcados, a da passada sexta-feira, 9 de Julho, na Arena d’ Évora por ocasião da XIII Corrida Real, corrida onde se homenageou Amália Rodrigues.
Fotos por:
Pedro Batalha
Crónica por:
Vitor Besugo
"Castros á antiga na Catedral do Forcado"
Noite dura para os forcados, a da passada sexta-feira, 9 de Julho, na Arena d’ Évora por ocasião da XIII Corrida Real, corrida onde se homenageou Amália Rodrigues.
Vamos começar esta crónica pelos forcados que tiveram pela frente um curro de Ernesto de Castro que saíram á “moda antiga”, com peso, apresentação e trapio, e a criaram grandes dificuldades aos Grupos de Forcados Amadores de Évora e Aposento da Moita. Viveram-se momentos de enorme ansiedade e tensão nas bancadas com as duras tentativas protagonizadas pelos forcados. Por Évora foram solistas Gonçalo Pires (3.ª tentativa), na primeira tentativa esteve enorme, a aguentar uma barbaridade de derrotes, pena o grupo ter ficado paralisado e nem tentarem ajudar, o que valeu fortes aplausos para Gonçalo Pires e uma enorme bronca para os ajudas. Seguiu-se Ricardo Casasnovas (1.ª) numa pega toda ela prefeita. A finalizar a actuação dos amadores de Évora foi para a cara o forcado João Leitão que após três tentativas recolheu à enfermaria, juntamente com Telmo Inácio. Foi dobrado por António Alfacinha que executou uma pega para a história, já a sesgo e com ajudas carregadas fechou-se de braços e rompeu pelo grupo até ficar novamente sozinho na cara do toiro, quase que saía desfeiteado, mas quando já estava apenas agarrado pelo braço esquerdo sacou da sua “alma” de forcado, acreditou e consumou a pega… uma pega para a história de um forcado de eleição.
Pelo Aposento da Moita pegaram Pedro Brito de Sousa (2.ª) e Gustavo Martins (2.ª) numa pega também ela cheia de técnica, e Nuno Carvalho após duras tentativas ainda teve forças para consumar ao quinto intento e já a sesgo.
Quando às três cavaleiras em praça, todas elas sentiram as dificuldades dos Castros, mas todas mostraram raça e valor para superar essas mesmas dificuldades.
Sónia Matias destacou-se frente ao toiro que abriu praça, o mais bravo da noite, teve uma das melhores lides que lhe vimos esta temporada, bem a preparar os ferros, a ir de frente para o toiro e a deixar um perfume do seu toureio. Terminou com um violino de boa execução.
Ana Batista teve uma primeira lide com pouca historia, onde o nosso destaque vai para a forma como João José recebeu o toiro, com lances vistosos, sem deixar o toiro tocar no capote… um senhor toureiro… Frente ao quinto da noite teve uma lide apurada, com ferros de praça a praça que entusiasmaram o publico. Nota positiva para Ana Batista quando no final da volta soube retirar-se para que o forcado António Alfacinha recebesse os aplausos do público.
Isabel Ramos iniciou a actuação algo precipitada, a deixar vários ferros no chão e a mostrar falta de corridas, mas conseguiu subir o nível do seu desempenho e terminou com dois curtos correctos. No toiro que fechou praça, a “princesa algarvia” entendeu os terrenos que pisava, andou ligada e alcançou uma boa prestação que finalizou com um palmito.
Dirigiu a corrida o delegado técnico tauromáquico sr. Nuno Nery, assessorado pelo médico veterinário Dr. Matias Guilherme.
A praça registou cerca de ¼ de entradas, o que não deixa de ser lamentável para o esforço que a empresa Terrabrava faz para levar curros sérios e que proporcionem êxitos artísticos, e esta corrida foi um desses casos, assim terminamos com a expressão “quem não foi a Évora não sabe o que perdeu!!!”