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    Oportuno editorial del semanario Olé! sobre la polémica figura del sepulturero de la Tauromaquia en Viana


    PONTEVEDRA/LISBOA/MOURAO (NATURALES).-Siendo como es su temática dde rabiosa actualidad, con la debida venia, reproducimos a continuación el editorial que el prestigioso crítico Francisco Morgado escribe en la edición de esta semana del jornal Olé!. Dice así :
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    Se o meu amor não me engana / como engana a fantasia / havemos de ir a Viana / ó meu amor de algum dia.
    Esta quadra, da autoria de Pedro Homem de Melo, é uma das quatro que a voz de Amália imortalizou para o mundo e lembrei-me dela a propósito da polémica que cruzou este defeso sobre o desaparecimento da sua praça.

    Tenho seguido com atenção os acontecimentos que envolvem o actual presidente, Defensor de Moura e as estruturas do PS. Afinal parece que o homem perdeu confiança política e estão preparados para apresentar um novo candidato, que por sinal era o seu benjamim. Politica é assim.
    Fiquei agradado com a notícia, porque Viana do Castelo é uma cidade daquelas que tem de ser orientada com sensibilidade e carinho, tal como os bordados e as filigranas que saiem das mãos dos vianenses. E acreditem que a população daqueles lugares sabe retribuir em dobro ou cobrar em triplo as ousadias, porque sempre acorre com entusiasmo e alegria aos acontecimentos, tal como o faz quando desce à rua para mostrar as suas festas maiores.
    José Agostinho dos Santos fez, em vida, da praça de Viana a menina dos seus olhos, porque ela tem efectivamente um carisma e um ambiente especial. Os minhotos esperam um ano pelas suas festas da Senhora da Agonia, para depois invadirem a bela cidade do rio Lima, com o som dos seus bombos e gigantones, com a garridice dos trajes das belas raparigas e rapazes, provocando um ambiente singular e único, que nenhum português devia, em boa verdade, deixar de conhecer.
    E depois, sob o ponto de vista estritamente taurino, Viana é uma cidade com história. Tem um dos clubes mais antigos de Portugal, pela sua arena passaram já grandes figuras e tardes de toiros e não merecia esta afronta. Porque sei que se entrega às coisas com o coração, atrevo-me a dizer que os novos e futuros responsáveis de Viana não vão ter motivos para se arrepender se alterarem a decisão tomada, enquanto asseguram a uma vez a continuidade que afinal como se viu pelas reacções que despertou, era desejada por todos.

    Se o actual presidente acabar por cair – e tudo aponta para que assim seja – pode abrir-se um novo ciclo para Viana do Castelo.
    Será o momento ideal para que se reafirme, com actos e não só pelas palavras, como a praça mais importante do norte do país. Um local onde seja importante sair a tourear, um marco que se distinga daquelas que apenas anunciam eventos que trazem outros nomes associados, quais muletas que amparam quem não consegue dar passos sozinho. Se o meu amigo leitor tiver a possibilidade de ir a Viana e percorrer as ruas empedradas da cidade velha, à volta do largo do Pelourinho, andará pelos mesmos lugares onde já estiveram João Núncio, Francisco Mascarenhas, Manuel dos Santos, Simão da Veiga e tantos outros, que deixaram o perfume do seu toureio misturado com os odores das fumegantes panelas de onde espreitam os rojões, os bolinhos de bacalhau, os polvos, os arrozes de forno e outras tantas iguarias que dão à mesa do minhoto um sentido de festa e de são convívio português. Perdeu-se momentaneamente uma batalha. Mas pode ainda não se ter perdido a guerra.
    Partamos de flor ao peito / que o amor é como o vento / quem pára perde-lhe o jeito / e morre a todo o momento.

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    En la imagen uno de los panfletos editados por Defensor Moura que tantas enemistades en municipios vecinos ha supuesto para Viana do Castelo y que tanto disgusto ha provocado en su propio partido, el Socialista. De ello se habla en la noticia que a continuación sigue, aquí, en NATURALES.