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    Feira Taurina da Moita: "Noite de valor, entrega e emoção"



    Noite dedicada ao toureio a pé nacional, a da passada quarta-feira, na Moita do Ribatejo com o mano-a-mano entre Cuqui e Juanito.

    Lidaram-se toiros de Oliveira Irmãos (2º e 3º), Ascensão Vaz e Nuñez de Tarifa (1º e 4º) , bem apresentados no geral, com muito tipo os de Oliveira, homogéneos os do Nuñez e com menos peso e menos em tipo os de Ascensão. De comportamento, foram melhores os de Nuñez, exigentes os de Oliveira e sem raça e casta os de Ascensão.

    Destaque para os bandarilheiros Cláudio Miguel, Jorge Alegrias e Miguel Batista que saudaram depois dos grandes pares que cravaram.

    Cuqui protagonizou faena de muito temple no primeiro, com muita plástica e bom corte. Realizou boas séries por ambos os pítons mas a faena veio a menos porque o toiro se rachou no final. Ainda assim deixou muito bom ambiente.

    Juanito no primeiro lidou andou decidido, com o toiro a mostrar algumas dificuldades. Realizou uma faena de improviso e irreverência que chegou ao público mostrando que “está toureado” e que consegue superar as dificuldades. Boas séries em especial pela mão esquerda. 

    Cuqui teve uma faena completa ao segunda da noite, a praticar um toureio com muita profundidade e qualidade, perante um toiro brusco e com muitas “teclas”. Cuqui "montou-se “ no toiro e deu-lhe a faena adequada, de muito nível. Boas séries por ambos os pítons e terminada no tempo certo sem prolongar em demasiada a sua faena.

    Juanito teve uma faena de grande mérito frente ao seu segundo, com o qual iniciou de capote com bonitas verónicas. Na muleta andou em boa forma até sofrer uma aparatosa voltareta. Depois de alguns minutos de incerteza, regressou à arena e cresceu perante o toiro e as dificuldades impostas pela colhida. O público reconheceu o seu valor com uma calorosa ovação. 

    Cuqui no seu último teve uma faena “impossível “ dada a fraca qualidade do seu oponente. Era um poço sem água, brusco, sem classe e sem fijeza . Valeu o esforço do toureiro que mais não podia fazer. Mérito por nunca ter virado a cara à luta .

    O último toiro foi melhor que o seu irmão de camada, ainda assim faltou um pouco de classe nas suas investidas mas com “potabilidade". Juanito teve uma atuação de ganas, com boas séries por ambos os pítons e com muita ligação ao público. Faena que chegou ao público!


    José Belchior