Evocação de Diamantino Vizeu nos 20 anos da sua morte
No dia em que passam 20 anos do desaparecimento de Diamantino Vizeu, a Associação Nacional de Toureiros (ANDT) e o Fundo de Assistência dos Toureiros Portugueses evocam a vida e obra de um homem e um toureio extraordinário. A sua vida e carreira marcaram um antes e um depois na história da nossa tauromaquia.
Foi o primeiro matador de toiros português (23-03-1947, Barcelona) com uma carreira que se estendeu pelas principais praças do mundo taurino, sobretudo Espanha e México, além de Portugal. Formou com Manuel dos Santos uma parelha que incendiou as paixões dos portugueses e criou a época de ouro do nosso toureio a pé. Uma carreira longa que terminou com a sua despedida das arenas em 24 de Agosto de 1972, no Campo Pequeno.
O seu génio levou-o a ser um ídolo nacional e a experimentar outras artes. Em 1958 foi o protagonista do primeiro filme a cores português, junto com Amália, "Sangue Toureiro", mas já antes tinha subido ao palco do Monumental, partilhando a cena com grandes nomes do teatro como Mirita Casimiro, Laura Alves e João Villaret.
O seu compromisso para com a tauromaquia e os toureiros, levou-o a criar em 1951 a obra assistencial que é o Fundo de Assistência dos Toureiros Portugueses, que hoje continua a proteger os toureiros na sua reforma, a educação dos seus filhos e das viúvas, para além de toda a assistência em acidente aos toureiros no ativo.
A sua obra artística e humana, que os toureiros reconhecem, continua a ser um exemplo e uma fonte de inspiração para o mundo da tauromaquia, que perdurará por gerações.
Nuno Pardal
Presidente
Associação Nacional de Toureiros
e
Fundo de Assistência dos Toureiros Portugueses