
Só regressa às lides em 1917, depois de ter concluído o Curso Geral do Comércio na Escola Académica de Lisboa, onde conhece o seu amigo e companheiro de arenas, Simão da Veiga. Começa então a actuar em praças de província, mas o seu estilo inovador e o génio que revela na arte do toureio deixam adivinhar a brilhante carreira que o cavaleiro viria a ter.
Apadrinhado por António Luís Lopes, João Branco Núncio recebeu a alternativa a 27 de Maio de 1923, na histórica Praça de Touros do Campo Pequeno, em Lisboa. Na altura, o cavaleiro era já figura de destaque no meio tauromáquico. Uma semana depois de receber a alternativa é contratado para tourear no Campo Pequeno, mas faz constar do seu contrato uma cláusula em que exige lidar apenas touros puros, ou seja, animais que nunca tivessem sido toureados ou corridos em praça.
Com a ajuda do seu amigo Simão da Veiga, João Núncio inicia uma revolução na tourada portuguesa que conduz ao abandono do uso do touro corrido. O cavaleiro revela-se também inovador na forma como preparava as suas montadas. Cada um dos seus cavalos adaptava-se a uma lide específica.
Conhecido como o “Califa de Alcácer” e considerado como uma das mais altas figuras do toureio equestre, João Núncio conquistou o público dentro e fora de Portugal com o seu estilo espectacular e figurativo. Toureou pela última vez a 21 de Outubro de 1973. Ao longo da sua carreira, terá participado em cerca de mil touradas, lidado mais de dois mil touros e utilizado 61 cavalos.
Morreu a 26 de Janeiro de 1976, na Golegã.
(in http://www.cm-alcacerdosal.pt/PT )
Fotografía : de João Alves Branco Núncio, cavaleiro tauromáquico.
Fotógrafo: Mário Novais. Data aproximada de produção da fotografia: 1933
Galería de Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian