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    El Presidente de la Cámara de Viana, con sus peregrinas razones, acaba mostrando su visceralidad antitaurina

    VIANA DO CASTELO (PAULO JULIAO - DIARIO DE NOTICIAS).- Aficcionados das corridas de touros criticam Câmara. Crítico tauromáquico diz ser "crime de lesa-pátria" destruir a praça da cidade. A compra da Praça de Touros pela Câmara Municipal de Viana do Castelo está a gerar opiniões controversas, depois do autarca Defensor Moura anunciar o fim das touradas na cidade. Para além de algumas críticas locais, o assunto já chegou à Net (destaque para NATURALES, CORREIO DA TAUROMAQUIA IBERICA) e aficionados da Festa Brava, extravasando assim as fronteiras do concelho e criticando duramente a decisão de Defensor Moura.


    Num texto assinado por Maurício do Vale, conhecido especialista em tauromaquia da RTP, a decisão de acabar com Praça de Touros vianense é apelidada de "crime de lesa pátria" e recorda que "por lá têm passado grandes figuras da tauromaquia". "O domingo das Festas de Nossa Senhora da Agonia não se imagina sem a tradicional corrida de toiros! Enchentes constam do histórico da praça. Oscilações de afluência têm que ver com critérios de proprietários e empresários, não com o desinteresse das gentes", acrescenta.

    Neste texto, Maurício do Vale vai ainda mais longe: "Que diria Beatriz Costa, se fosse viva, ela que era uma das mais fiéis aficionadas da praça vianense. Viana do Castelo demite-se da sua portugalidade, ignorando o povo da região e emigrantes. Um escândalo a que Ramalho Ortigão chamaria traição!", sustenta.

    No mesmo blogue, o autarca socialista é apelidado de "coveiro" da tauromaquia em Viana do Castelo e onde se defendem outras soluções para garantir a rentabilidade da Praça de Touros local. Acusações que não convencem o autarca socialista "Era bom que tivessem essas ideias antes, quando a Praça de Touros quase não tinha actividade", criticou Defensor Moura.

    Durante mais de um século, a tradicional tourada esteve ligada a Viana do Castelo, o que agora deverá acabar com a compra pela Câmara da actual Praça de Touros com o objectivo de o transformar num Museu de Ciência Viva. De forma a aproveitar a proximidade ao Parque Urbano, onde funciona o Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental, a autarquia pretende estabelecer uma espécie de roteiro de pólo para visitas escolares, onde se incluiu ainda o navio-museu Gil Eannes.

    "Estamos no século XXI e o sacrifício de animais, só se pode justificar eventualmente em locais em que é uma tradição enraizada, em Viana do Castelo não tem justificação. Não temos toureiros, forcados, touros ou cavalos", comentou Defensor Moura, para quem "ter um equipamento para fazer um sacrifício de oito animais por ano não se justifica".