GOLEGA/LISBOA (PAULO PEREIRA / NATURALES) .- A XXXIII Feira Nacional do Cavalo vai animar a vila ribatejana da Golegã de 07 a 16 de Novembro, com um vasto programa de âmbito equestre, complementado por múltiplas iniciativas de carácter cultural.Durante 10 dias a Golegã vai ser a grande montra do cavalo Lusitano reunindo, três certames que se desenrolam em paralelo: A Feira Nacional do Cavalo, em trigésima-terceira edição, a X Feira Internacional do Cavalo e a centenária Feira de são Martinho.
Do programa constam concursos nas modalidades de Atrelagem, Equitação de Trabalho, Ensino, Equitação à Portuguesa, Horse-Ball e Saltos de Obstáculos, bem como a exibição da Escola Portuguesa de Arte Equestre e do Centro Equestre da Lezíria Grande
Dos momentos de maior expectativa para os criadores de cavalos serão o XLIX Concurso Nacional de Apresentação do Cavalo de Sela da Feira Nacional do Cavalo e o X Concurso Nacional Oficial da Apresentação do Cavalo de Sela da Feira Internacional do Cavalo Lusitano, tanto no que respeita a poldros apresentados à mão como a cavalos montados.
Para além das demonstrações diárias das diversas funcionalidades do cavalo, a organização preparou um vasto programa cultural que engloba colóquios, exposições de pintura e o lançamento de livros de temática equestre.
O cartaz da feira deste ano representa o Rei Dom Carlos, de cujo regicídio passam cem anos, em 2008, vestindo o traje português de campo, montado a cavalo, tendo por fundo uma manada de gado bovino.
Integrada nas comemorações do centenário do regicídio, estará patente no Pátio dos Singéis e Felícios, no Largo da Feira, uma exposição sobre a vida do rei Dom Carlos, para além das funções governativas, com destaque para a sua actividade como oceanógrafo e pintor.
Todos os dias se realizarão, no Largo do Arneiro, desfiles de cavaleiros, amazonas e equipagens, que dão um extraordinário colorido às ruas e ao Largo do Arneiro, onde os forasteiros acorrem às dezenas de milhar, tanto de tarde como até às primeiras horas da madrugada.
Pela época do ano em que se realiza, a feira tem ainda um motivo adicional de interesse, centrado nas castanhas assadas e na prova de vinhos novos, designadamente da "água-pé".
A feira de São Martinho realiza-se desde meados do século XVIII e passou a chamar-se Feira Nacional do Cavalo, em 1972, designação a que há dez anos se acrescentou a de Feira Internacional do Cavalo Lusitano, sendo a feira de cavalos mais castiça que se realiza em Portugal e uma das mais importantes do mundo.