
Eis chegado o mês de Novembro, e com ele o fim oficial da temporada taurina portuguesa. Seguem-se três meses de defeso para que os toureiros recuperem baterias, para que se recomponham as camadas ganadeiras, para se limparem as ideias e fazermos uma espécie de formatação na nossa cabeça, a fim de podermos entrar na temporada de 2009 com o pensamento desafogado e livre de tendenciosidade, se bem que para a maioria isto seja difícil.
Há quem defenda, que agora com praças cobertas, se realizassem corridas todo o ano. Eu não sou apologista de tal ideia. Já sei que os mais fervorosos pensarão neste momento “Mas que raio de aficionada é esta que parece saturada de toiros? Que amor é este aos toiros, que não os quer ver o ano inteiro?”, ao que respondo, é um amor racional!
Há um tempo devido para tudo. E as corridas de toiros têm a sua duração de início de Fevereiro em Mourão a início de Novembro no Cartaxo. É a tradição, e depois destes nove meses intensamente vividos, segue-se todo um trabalho de “bastidores” para se preparar a nova temporada. No fundo é o processo inverso ao tempo de uma gravidez. Durante nove meses o bebé está na barriga da mãe em gestação, a formar-se, a preparar-se para a vida. Nos toiros, a temporada tem três meses de preparação, e nove meses de vida.
Para quem se limita a ir às corridas, alguns gratuitamente, para apenas ver, criticar, comentar, fazer-se ver, é fácil desejar que as corridas de toiros durassem doze meses, mas e os toureiros que durante a temporada não param de corrida em corrida? E as quadras de cavalos, já cansados a precisarem de renovação? E as ganadarias sem camadas de toiros para apresentarem?
E mesmo para o simples aficionado, é conveniente esta pausa. Como já referi acima, devemos tentar esquecer um pouco o que aconteceu na temporada passada, desligarmo-nos de certos triunfos ou desilusões para que na nova temporada não tenhamos pensamentos feitos em relação a determinada corrida ou toureiro. Além de que, damos mais valor às coisas quando temos saudades delas, então que venham três meses para termos saudades de toiros.
Compreendo que para quem está neste meio, para quem realmente gosta de toiros e do seu ambiente, sejam difíceis estes três meses sem corridas, mas há sempre outros meios de se ir alimentando o “gusanillo” sem necessariamente ser numa praça de toiros. Porque não ler livros tauromáquicos?
Aprender nunca é demais, e numa sociedade de aficionados cada vez mais tendenciosa, com preguiça para um pensar próprio, que se rege pelo que meia dúzia diz, que prefere sentir-se aficionado a um só toureiro do que propriamente à tauromaquia em geral, urge instruir pelo bem e futuro da nossa festa. E isto vale para simples aficionados, como a cronistas da nova vaga (na qual me incluo), principalmente aqueles que hoje em dia já nascem ensinados, vagos de humildade nas palavras e nos gestos, e que cingem os seus escritos ou a bajular certos cavaleiros ou a “mimar” outros colegas e meios de comunicação taurina.
É pois chegado Novembro. O início da nova temporada entra agora em contagem decrescente, durante três meses. E apesar de não termos corridas de toiros oficialmente, todos poderemos aproveitar da melhor maneira este tempo, sem sermos menos aficionados por isso.
Há quem defenda, que agora com praças cobertas, se realizassem corridas todo o ano. Eu não sou apologista de tal ideia. Já sei que os mais fervorosos pensarão neste momento “Mas que raio de aficionada é esta que parece saturada de toiros? Que amor é este aos toiros, que não os quer ver o ano inteiro?”, ao que respondo, é um amor racional!
Há um tempo devido para tudo. E as corridas de toiros têm a sua duração de início de Fevereiro em Mourão a início de Novembro no Cartaxo. É a tradição, e depois destes nove meses intensamente vividos, segue-se todo um trabalho de “bastidores” para se preparar a nova temporada. No fundo é o processo inverso ao tempo de uma gravidez. Durante nove meses o bebé está na barriga da mãe em gestação, a formar-se, a preparar-se para a vida. Nos toiros, a temporada tem três meses de preparação, e nove meses de vida.
Para quem se limita a ir às corridas, alguns gratuitamente, para apenas ver, criticar, comentar, fazer-se ver, é fácil desejar que as corridas de toiros durassem doze meses, mas e os toureiros que durante a temporada não param de corrida em corrida? E as quadras de cavalos, já cansados a precisarem de renovação? E as ganadarias sem camadas de toiros para apresentarem?
E mesmo para o simples aficionado, é conveniente esta pausa. Como já referi acima, devemos tentar esquecer um pouco o que aconteceu na temporada passada, desligarmo-nos de certos triunfos ou desilusões para que na nova temporada não tenhamos pensamentos feitos em relação a determinada corrida ou toureiro. Além de que, damos mais valor às coisas quando temos saudades delas, então que venham três meses para termos saudades de toiros.
Compreendo que para quem está neste meio, para quem realmente gosta de toiros e do seu ambiente, sejam difíceis estes três meses sem corridas, mas há sempre outros meios de se ir alimentando o “gusanillo” sem necessariamente ser numa praça de toiros. Porque não ler livros tauromáquicos?
Aprender nunca é demais, e numa sociedade de aficionados cada vez mais tendenciosa, com preguiça para um pensar próprio, que se rege pelo que meia dúzia diz, que prefere sentir-se aficionado a um só toureiro do que propriamente à tauromaquia em geral, urge instruir pelo bem e futuro da nossa festa. E isto vale para simples aficionados, como a cronistas da nova vaga (na qual me incluo), principalmente aqueles que hoje em dia já nascem ensinados, vagos de humildade nas palavras e nos gestos, e que cingem os seus escritos ou a bajular certos cavaleiros ou a “mimar” outros colegas e meios de comunicação taurina.
É pois chegado Novembro. O início da nova temporada entra agora em contagem decrescente, durante três meses. E apesar de não termos corridas de toiros oficialmente, todos poderemos aproveitar da melhor maneira este tempo, sem sermos menos aficionados por isso.
PATRICIA SARDINHA
Foto : Joao Silva