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    Projectos antitaurinos duramente criticados no parlamento



    Decorreu esta tarde, no plenário da Assembleia de República, o dos três projectos antitaurinos apresentados pelo PAN, BE e Verdes, com o objectivo de proibir e limitar a participação de menores de 18 anos em espectáculos taurinos. Assistiram à sessão um grupo de profissionais tauromáquicos e aficionados.



    Depois da exposição de motivos de cada projecto, feita pelo respectivo partido, as respostas vindas das restantes bancadas parlamentares foram duras e muito incisivas contra estes projectos. 

    PSD e CDS-PP mostraram-se contra os diplomas, com profundas críticas a BE, PEV e PAN e o PCP também apontou "muitas insuficiências” aos projectos.

    Nuno Serra, do PSD, recordou outras iniciativas do BE, como o direito a votar, consumir canábis ou mudar de sexo aos 16 anos, lamentando a falta de liberdade e de tolerância presente nos projectos.

    "Nos tempos das liberdades, estes partidos discriminam jovens e suas realizações pessoais... O BE já tem defendido que os jovens com 16 anos têm faculdades para votar, mas hoje dizem que não tem capacidade para decidir se querem ser praticantes tauromáquicos... podem consumir canábis, podem ter direito à autodeterminação do sexo, mas não podem ser praticantes tauromáquicos? É a isto que chamam igualdade para todos?", questionou duramente.

    Da parte do CDS Telmo Correia afirmou "O que querem é, por preconceito cultural, proibir a tauromaquia. Os Verdes com a ideia do limite da escolaridade obrigatória - são ridículos. Então um campino, um bandarilheiro, que viveu toda a vida com os toiros, não tendo escolaridade obrigatória, não pode exercer?", ironizou o deputado centrista Telmo Correia, classificando os projetos de lei como “proibicionistas".

    André Pinotes, do PS, afirmou que ”os portugueses sabem que o único extremismo" que o PS "está disponível a aceitar é o radicalismo do fomento da tolerância e do respeito pela divergência de opiniões”, juntando-se às críticas ao proibicionismo presente nestes projectos. O PS anunciou, ainda, que irá dar liberdade de voto as seus deputados. 

    O PCP, pela voz da deputada Ana Mesquita, destacou o respeito do partido por "práticas e costumes de certas comunidades" reiterando as dúvidas sobre os projectos, apontando os exemplos de desportos motorizados, de combate, as artes circenses ou o trabalho em cinema e televisão como exemplos de atividades de risco com menores. Num gesto de grande significado, pela diferença em relação a estes projectos antitauromaquia, a deputada do PCP anunciou que o partido iria apresentar projectos que pensam verdadeiramente nas crianças, como o alargamento da rede de creches, entre outros. 

    A Federação Portuguesa de Tauromaquia congratula-se com a enorme defesa da liberdade e dos direitos dos menores, feitas pelos deputados, num exemplo de democracia. 

    Perante o número e intensidade das criticas espera-se que amanhã todos os projectos sejam chumbados pelos deputados na votação que se inicia pelas 17h.