A Palavra à...

O Naturales colocou 5 questões aos principais empresários taurinos do nosso país.
Hoje: Ricardo Levesinho/ TauroLeve

Tem a seu cargo uma das mais emblemáticas Praças de Toiros do país, a centenária Palha Blanco em Vila Franca de Xira. Mas desenganem-se os que acreditavam que na Sevilha Portuguesa haveria facilidades. Não obstante a luta por cativar os vilafranquenses a reconciliarem-se com a sua praça, também S. Pedro não tem ajudado condicionando a realização de alguns espectáculos na Palha Blanco. Uma coisa é certa...a aposta no toiro sério e espectáculos com qualidade são a aposta de Ricardo Levesinho:

"...Sonho com outros ventos mais evolutivos, menos encruzilhados, de fácil entendimento e reduzida hipocrisia..."

1- Que praças empresariou nesta temporada que agora terminou e que balanço faz da sua gerência?

A Tauroleve geriu a Centenária Praça de Toiros Palha Blanco em Vila Franca e ainda organizámos outros dois espectáculos em Forte da Casa e na Póvoa de Santa Iria.

O balanço de 2010 foi francamente positivo pois conseguimos criar bons espectáculos e o crescimento de público tem continuado a ser significativo.

2- Dos espectáculos que montou qual destaca pela positiva e qual pela negativa?

Pela positiva todos. Pela negativa os que infelizmente se anularam pelas condições climatéricas na passada Feira de Outubro.

3- Quais as estratégias que adoptará para combater a insistente crise económica na próxima temporada?

Continuar a organizar espectáculos com afición, verdade e gosto, pois acredito que os aficionados e público em geral vão cada vez mais dar preferência e marcar presença em espectáculos que sejam uma mais-valia.

4- No próximo ano pretende manter, diminuir ou aumentar o número de praças sob gerência da sua empresa?

Este projecto é essencialmente um projecto local e assim claro é que a nossa vontade é seguir gerindo a Palha Blanco e para isso estamos completamente disponíveis e cheios de vontade. Mas considerando o gosto e a experiência adquirida ao longo dos últimos 3 anos, é nossa vontade, expandirmos a nossa afición a projectos que consideramos adequados às nossas ideias e formas de pensar a tauromaquia.

5- Como definiria o estado da Festa actualmente?

Muita gente acredita que está num extraordinário momento após o sucesso dos Festivais em Santarém e portanto, se dizem que está bem, eu quero acreditar nisso, pois gosto de ser positivo e completamente anti-velhos do Restelo. Mas essa minha forma de ser faz-me também sonhar noutros ventos mais evolutivos, menos encruzilhados, de fácil entendimento e reduzida hipocrisia na luta por interesses globais.