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    Las entrevistas de PATRICIA SARDINHA : hoy, Vítor Ribeiro


    Ano após ano, o cavaleiro Vítor Ribeiro tem vindo a cimentar posição no panorama taurino português. Novos cavalos, novo apoderado, novo alento mas a mesma ambição e entusiasmo com que se iniciou no toureio, são os ingredientes principais para prometer bons momentos de toureio a quem se deslocar às praças onde actuar. O Naturales conversou com o jovem cavaleiro que esta temporada comemora 10 anos de alternativa.

    VÍTOR RIBEIRO: Temos que continuar a dar o nosso melhor para que, de forma alguma nos deixemos ultrapassar.”

    NATURALES: Celebra este ano 10 anos de alternativa. Que avaliação faz do seu percurso ao longo desta década?
    VÍTOR RIBEIRO: Penso que tenho que fazer uma avaliação positiva, pois apesar de ser com bastante sacrifício e muito trabalho que tenho conseguido alcançar os meus objectivos, tenho subido degrau a degrau e assim espero continuar a fazê-lo.

    NATURALES: O Vítor é filho de um cavaleiro, no entanto, ao contrário da maioria dos jovens filhos de toureiros que num dia aparecem, no outro já têm alternativa e ao terceiro dia já se acham figuras, a sua evolução até ao topo foi morosa. A pressa é inimiga da perfeição ou simplesmente nem sempre as coisas correm como desejamos?
    VÍTOR RIBEIRO: Penso que atingir o grau de perfeição de que fala não é fácil, mas é isso que procuramos diariamente e nunca nos devemos dar por satisfeitos, devemos querer sempre mais. No entanto, não é fácil consolidar uma posição no meio da Festa e é isso que eu tenho tentado fazer ao longo destas 10 anos de alternativa.

    NATURALES: Apesar de já se ir apostando cada vez mais nos jovens, grande parte dos cartéis que vemos sair à rua são compostos pelas mesmas figuras de há 30, 25, 20 anos. Acha que estas ditas figuras manipulam ‘o mercado’, ou são os ‘novos’ que não convencem?
    VÍTOR RIBEIRO: Na minha opinião no nosso meio taurino há lugar para todos. Naturalmente que é necessário triunfar todos os dias para conseguir sobressair mas julgo que existem toureiros novos com grande qualidade.

    NATURALES: Na temporada passada o Vítor era apoderado por António Morgado, este ano, ainda no defeso, anunciou o Carlos Pegado como novo gerente da sua carreira. O que é que não funcionou para que tenha mudado de apoderado?
    VÍTOR RIBEIRO: Julgo que cada um de nós deve falar de si sem apontar defeitos a terceiros. A temporada passada não me serviu de exemplo para aquilo que pretendo alcançar. Ainda obtive alguns triunfos na recta final da temporada, mas não me dei por satisfeito e espero sim que esta temporada seja repleta de êxitos.

    NATURALES: Este ano está já anunciado para várias corridas. Vai ser essa a tónica dominante esta temporada, muitas corridas?
    VÍTOR RIBEIRO: Essencialmente espero que esta temporada seja marcada por boas actuações em todas as praças onde esteja presente, sejam muitas ou poucas corridas. Esse é o meu objectivo principal.

    NATURALES: Como se autodefine enquanto cavaleiro tauromáquico?
    VÍTOR RIBEIRO: Considero que sou um cavaleiro que tenta dar sempre o seu melhor e proporcionar um bom espectáculo às pessoas que estão na bancada e que pagaram o seu bilhete para ver o maior número de momentos possíveis de bom toureio. Preocupo-me em ter os meus cavalos arranjados o mais possível para que exista harmonia dentro da praça e tento dar vantagens aos toiros, não fugindo das regras de bem tourear a cavalo, proporcionando um espectáculo completo.

    NATURALES: Que características mais valoriza num cavalo de toureio?
    VÍTOR RIBEIRO: Acima de tudo tem que ser um cavalo toureiro, depois ter boa cabeça obviamente, bons andamentos e de preferência que seja um cavalo que una a beleza à qualidade.

    NATURALES: Como é composta a sua quadra para este ano?
    VÍTOR RIBEIRO: Mantenho a mesma quadra do ano passado com três reforços o Andaluz, o Camel e o São Brissos.

    NATURALES: Acontece muita vez, os cavaleiros desculparem-se das suas lides pondo as culpas nos toiros, que não servem. Isso é mesmo assim ou os cavaleiros é que não estão para os lidar?
    VÍTOR RIBEIRO: Eu acho que qualquer cavaleiro quando entra dentro da praça para tourear quer de certeza proporcionar um espectáculo agradável. Mas nem sempre as lides serão as mais desejadas e se tourear a cavalo fosse fácil muito mais gente o faria.

    NATURALES: Como vê o facto dos rejoneadores espanhóis ocuparem um pouco o território nacional, muitas vezes considerando-se as estrelas do toureio a cavalo em detrimento dos nossos cavaleiros?
    VÍTOR RIBEIRO: Por um lado, julgo que será bom, pois neste momento existem rejoneadores espanhóis que toureiam bastante bem a cavalo, tanto assim é que os vemos anunciados algumas vezes nas nossas principais praças. E a competição faz sempre falta e nós, os cavaleiros portugueses, temos com certeza, que continuar a dar o nosso melhor para que, de forma alguma nos deixemos ultrapassar.

    NATURALES: Qual é a sua opinião em relação ao uso das tão faladas bandarilhas de segurança?
    VÍTOR RIBEIRO: Na minha opinião já se deveriam usar há bastante tempo e não esperar que se voltem a registar mais acidentes com forcados, assim como com outros intervenientes, numa corrida à portuguesa.

    NATURALES: Se não tivesse optado por ser cavaleiro tauromáquico, que outra profissão gostaria de ter tido?
    VÍTOR RIBEIRO: Sinceramente, não me identifico a fazer mais nada. Serei sempre Toureiro.

    NATURALES: Para terminar, o que lhe falta para assentar de vez como cabeça de cartaz e se assumir como figura do toureio?
    VÍTOR RIBEIRO: O importante é a minha preocupação diária em trabalhar muito para que tudo possa vir a ser o mais próximo possível da perfeição quando entro em praça, superando continuamente as dificuldades que sempre surgem. Esse é o caminho que quero traçar e sem dúvida que vou continuar a dar o meu melhor por isso, principalmente este ano em que cumpro 10 anos de alternativa.