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    TEMPORADA : triunfo de Augusto Moura no festival de Arronches


    ARRONCHES (Crónica e fotos de VITOR BESUGO, enviado especial de NATURALES, Correio da Tauromaquia Ibérica) .-  Apenas cerca de 100 bilhetes vendidos num Festival cujas receitas revertiam a favor da APPACDM – Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Portalegre. Uma causa que merecia que muitos mais aficionados se deslocassem à castiça praça de toiros de Arroches no passado sábado, 13 de Março.

    Comecemos pela parte equestre. Pedro Salvador sofreu um forte toque na montada logo na preparação do primeiro ferro comprido, e viria a conseguir os seus melhores momentos com dois curtos e numa sorte de violino. Alexandre Gomes, não entendeu o seu oponente e teve uma passagem discreta por Arronches, ainda assim nota para o segundo ferro curto. Finalmente Marcelo Mendes, de quem muito se espera este ano, teve uma actuação regular, frente a um novilho que se adiantava no momento da reunião e que causou algumas dificuldades ao cavaleiro de Torres Vedras, mas que ainda assim conseguiu superar-se e terminou a lide com um violino e um palmito de boa nota.
    Nas pegas estiveram em praça os forcados de Cascais e Arronches, que não sentiram dificuldades em consumar as respectivas pegas. Por Cascais foram solistas Ventura Doroteia e Hugo Bilro ambos à primeira tentativa. De destacar que na segunda pega dos Amadores de Cascais o grupo de Arronches dividiu as ajudas por convite do grupo mais antigo. Pelo grupo de Arronches foi escolhido para a pegar de caras o forcado Paulo Florentino que consumou à segunda tentativa.

    Passemos à lide apeada. Abriu função o matador moitense Sérgio Santos “Parrita”, que recebeu o Dias Coutinho com 6 anos e “cabanissimo”, toureando por verónicas. Foi o próprio “Parrita” a executar o tércio de bandarilhas onde destacamos o terceiro par a quiebro. Com a muleta conseguiu boas tandas com a mão direita, mas para se ser toureiro á que tourear com as duas mãos, sendo o passe “por naturales” obrigatório numa faena e “Parrita” apenas provou umas trapadas por esse lado. 
    Augusto Moura ao contrário do primeiro diestro, foi com a mão esquerda que conseguiu as melhores séries com a flanela. Soube gerir a escassez de forças e alguns problemas de visão do novilho e aproveita a sua nobreza para sacar uma faena de bons recortes artísticos. Para nós foi o verdadeiro triunfador deste festival. 
    O mais jovem desta terna, Dias Gomes, teve pela frente um novilho que desde cedo procurava o toureiro e não lhe conseguiu dar a volta por cima. Sobressaiu numa tanda com a mão esquerda.

    O festival foi dirigido por delegado técnico tauromáquico António José Martins.
    A última nota deste festival vai para a ferragem, pois a temporada está a dar os primeiros passos e as bandarilhas continuam a ser as mesmas que tantos danos têm causado aos forcados. Será que vai ser outro ano sem a implementação das bandarilhas de mola? Senhores cabos dos Grupos de Forcados façam algo por vós pois já se viu que mais ninguém o fará…