OLIVENZA, última de feria : EL JULI salva los muebles...

OLIVENZA-OLIVENÇA (Crónica de PATRICIA SARDINHA, enviada especial de NATURALES, Correio da Tauromaquia Ibérica) .-
Juli salva tarde final
Olivença, 7 de Março, 2010

A Feira de Olivença deste ano pode-se dizer que foi de mais a menos, não por culpa dos toureiros, que foram todos sem excepção de grande entrega, mas pelas carências ganadeiras, que deixaram a desejar naquela que fechou a feira.

Julián López “El Juli” foi o único que logrou cortar uma orelha a um toiro de Daniel Ruiz, nobre ainda que transmitia pouco, de curta investida, mas que quando o matador lhe encontrou sítio, toureou em redondo, com temple e a mão baixa. No segundo do seu lote, um Victoriano del Rio, com mais presença, mas com menos qualidades, de investida irregular, que não permitiu a Juli triunfar apesar do esforço do toureiro.

José Maria Manzanares teve pela frente um toiro jabonero de Nuñez del Cuvillo que saiu alegre e que investia pelos dois pitones, entrando bem pela muleta. Toureou templadissimo com a mão esquerda, até que a rês foi a menos, acabando a faena por não ser redonda. Estoqueou bem e houve petição de orelha, mas sem sucesso. O segundo do seu lote, um Garcigrande, sem classe e sem transmitir não se empregou na muleta de Manzanares, que assim pouco pôde fazer, tendo escutado palmas no final.

Também Miguel Ángel Perera não teve sorte ganadera. Depois de no dia anterior ter colhido muitos troféus naquela praça, desta vez os seus oponentes não lhe permitiram triunfar. Primeiro frente a um sobrero de Victoriano del Rio, de pouca transmissão e presença, onde só um quite de tafalleras fez realmente vibrar. Já com o que fechou a tarde, um toiro de Victorino Martin, o primeiro desta ganadaria que Perera toureava, não impôs dificuldades ao matador, que começou por agradar com passes templados e com ligação, mas a faena acabou por não romper, indo a menos. Limitou-se a escutar palmas.

Encerrou-se assim a XX Feira Taurina de Olivença, onde as máximas figuras estiveram presentes, assim como muitos aficionados que encheram a cada corrida a praça oliventina mesmo sob ameaça de chuva. Ficaram a faltar (alguns) toiros que dessem triunfos…mas para o ano há mais!