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    Las celebradas entrevistas de PATRICIA SARDINHA : hoy, turno para un torero que merece otro trato...

    • Prestes a cumprir seis anos como matador de toiros, Sérgio SantosParrita”, para quem triunfar é palavra de ordem, assume-se um sonhador e um homem crente num futuro melhor para o Toureio a Pé. Num país que carece de oportunidades aos nossos matadores, o Naturales, incontestável apoiante do nosso Toureio a Pé, conversou com o jovem matador que nos falou das suas perspectivas para esta temporada e não só.


    SÉRGIO SANTOS 
    “PARRITA”:
     “O toureio a pé tem morrido porque a    maioria dos empresários em Portugal são ex-forcados, apoderados de cavaleiros e claro, têm montado as corridas à sua  maneira.”


    Naturales: A 25 de Abril deste ano comemoras seis anos de alternativa como matador de toiros. Como avalias o teu percurso ao longo destes anos?
    Sérgio Santos “Parrita”: Tem sido um percurso duro e de muito sacrifício para alcançar o sítio que mereço na Festa, mas ao mesmo tempo tem sido gratificante, pois tenho a profissão que sempre desejei ter e que considero a mais bonita do mundo.

    Naturales: Esta temporada decidiste dar novo alento à tua carreira e o moitense Hélio Dias, que até então vinha sendo o teu moço de espadas, passa agora a acumular a função de teu apoderado. Porquê essa decisão?
    Sérgio Santos “Parrita”: O Hélio tem sido fundamental na minha carreira e por isso decidimos que este ano iria desempenhar a função também de apoderado. Mesmo sabendo que nessa área do apoderamento, ele não se poderá considerar experiente, tenho a certeza que irá defender os meus interesses melhor que ninguém e juntos, tentaremos atingir os meus objectivos enquanto matador de toiros. Além disso, tenho podido também contar com a ajuda do ex-matador de toiros Fernando Santos, que tem sido fundamental ao longo deste meu percurso.

    Naturales: É já do conhecimento público a tua participação no Festival a favor da APPACDM em Arronches a 13 de Março e também em duas corridas na Califórnia, em Maio e Julho. Para além destas datas que mais tens planeado para esta temporada? Algumas perspectivas para Espanha?
    Sérgio Santos “Parrita”: Sim, este ano iniciarei a temporada a 13 de Março em Arronches e depois tenho mais alguns compromissos importantes agendados para Portugal. Em Maio e em Julho, toureio duas vezes na Califórnia e estamos também neste momento em contacto com duas empresas em Espanha, onde em princípio irei tourear três corridas, na Extremadura e na zona de Granada. Penso que este será o ano mais regular desde a alternativa.

    Naturales: Em 2007 foste triunfador da Feira da Moita e depois disso, e inexplicavelmente, não voltaste a ser contratado para actuar na tua terra. Sentiste-te um pouco injustiçado com isso?
    Sérgio Santos “Parrita”: É verdade, 2007 foi um bom ano rematado com um triunfo na Moita onde fui considerado o Triunfador da Feira e acho que por mérito próprio merecia ser repetido no ano seguinte. Mas como a realidade do nosso país é esta, deixaram-me de fora, não sei se por falta de educação taurina da empresa, se por falta de conhecimento ou por outra razão qualquer.
    O que eu sei é que tiveram uma falta de respeito enorme, pois mau ou bom, fui um toureiro profissional que triunfou naquela praça. Infelizmente mais não se pode esperar de alguns ditos empresários da nossa festa.

    Naturales: Este ano e tendo a Praça da Moita nova gerência, podem estar reunidas as condições para voltares a actuar na Daniel do Nascimento?
    Sérgio Santos “Parrita”: As condições estão reunidas sempre e para isso me preparo todos os dias. Como já referi, a última vez que passei pela Moita, fui o triunfador da Feira. Além disso, sendo a minha terra espero realmente voltar lá este ano, até porque confio no profissionalismo, na ética e no bom senso da nova empresa. Vou lutar muito este ano para obter triunfos, para que me contratem e seguramente, acredito que o serei.

    Naturales: Outra praça que ainda não te contratou desde a sua reabertura foi o Campo Pequeno. O que é que achas que falta para que isso aconteça?
    Sérgio Santos “Parrita”: Até hoje, também não entendi o porquê de ainda não me ter apresentado como matador de toiros em Lisboa, mas creio que mais cedo ou mais tarde o Rui Bento me irá dar oportunidade de o fazer. Eu tenho como filosofia que se continuar a preparar-me para triunfar em todos os sítios, o dia da minha apresentação em Lisboa estará mais perto de acontecer. Se o Rui Bento ainda não me contratou, é porque achou que não o mereci, mas ele, enquanto matador que foi e por aquilo que lutou, como eu, por esta profissão, seguramente um dia me dará a oportunidade que mereço. E espero que sim Patrícia, que seja este ano.

    Naturales: Há muitos empresários que dizem que o Toureio a Pé em Portugal não rende e que os nossos matadores não justificam a sua inclusão nos cartéis das praças importantes, mas se formos todos a pensar assim, mais vale acabar-se de vez com o toureio a pé em Portugal. Na tua opinião enquanto toureiro o que pensas disso?
    Sérgio Santos “Parrita”: Eu não estou de acordo. Acho que o toureio a pé tem morrido porque a maioria dos empresários em Portugal são ex-forcados, apoderados de cavaleiros e claro, têm montado as corridas à sua maneira, dentro da sua própria tauromaquia. Mas o toureio a pé tem o seu espaço na Festa e ainda existem muitos aficionados que nos dão força para continuar, o que é certo é que se os empresários não nos derem oportunidades, não poderemos mostrar as qualidades que podemos ter. Existem muitos bons matadores portugueses com categoria que mereciam mais respeito. Mas acredito que um dia isto melhorará, tenho fé nisso.

    Naturales: Sentes que vocês matadores, também têm alguma culpa neste ‘desprezo’ ao toureio a pé por parte de alguns empresários e inclusive dos aficionados, que preferem ver corridas a pé na vizinha Espanha, por muitas vezes vos faltar entrega, capacidade de criarem competição entre vocês e manterem uma certa regularidade de temporada para temporada?
    Sérgio Santos “Parrita”: Como já referi, como é que se pode exigir a um toureiro que toureia pouco, que esteja ao seu melhor nível? É preciso termos uma regularidade de espectáculos para atingirmos uma perfomance física e psicológica que nos faça estar no nosso melhor. Até podemos ter qualidades mas o facto de não tourearmos nota-se em relação aos matadores espanhóis, pois não nos podemos esquecer que esses toureiam praticamente todos os dias de uma temporada, fazendo cerca de 100 corridas por ano e claro, a rotina e a experiência acrescidas às qualidades do toureiro, perfazem o conjunto perfeito. A nós portugueses falta-nos a rotina e a experiência…

    Naturales: Em novilheiro lidaste seis novilhos como único toureiro na Moita, eras capaz de repetir a proeza, agora como matador de toiros?
    Sérgio Santos “Parrita”: Tourear, enquanto matador de toiros, uma corrida sozinho é um sonho e um objectivo. Felizmente já o fiz como novilheiro mas espero repetir, claro.

    Naturales: Tens ainda uma ligação como já referiste no inicio desta entrevista, ao empresário, ganadeiro e ex-matador Fernando Santos, a que se resume essa relação?
    Sérgio Santos “Parrita”: Tenho uma ligação, quase familiar, com o maestro Fernando Santos e respectiva família. Para mim é quase um pai que nunca tive. Ajuda-me bastante como profissional e como amigo. Sou também colaborador na empresa dele, na praça de toiros de Albufeira e na ganadaria que lhe pertence, sendo que a minha função é ajudar e fazer o que for necessário para que a praça de toiros, os espectáculos e a ganadaria atinjam o sucesso desejado. Mas sem dúvida que a ganadaria é a ‘menina dos meus olhos’ pela minha paixão ao campo e também por ser outro sonho da minha vida, que era ter um dia a minha própria ganadaria. Até lá vou vivendo esta ganadaria como se fosse minha e isso é algo que agradeço à família Santos e ao maestro, por me proporcionarem viver a vida que sempre quis ter.

    Naturales: Para terminar, até onde gostaria de ir o toureiro Sérgio Santos “Parrita”?
    Sérgio Santos “Parrita”: Eu gostava de ir até ao fim do meu sonho, cuja meta é chegar a Figura do Toureio.