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    Crónica, Olivenza, matinal : “Un Señor Torero”



    OLIVENZA-OLIVENÇA (Crónica de nuestra subdirectora, PATRICIA SARDINHA, enviada especial de NATURALES, Correio da Tauromaquia Ibérica- FOTOS DE PEDRO BATALHA, enviado especial)
    “Un Señor Torero”
    Olivença, 7 de Março, 2010
    Corrida Matinal
    A terceira corrida da Feira de Olivença iniciou-se debaixo de chuva e terminou com a presença do tão ansiado astro rei, sendo que na arena o rei foi outro, o Maestro Enrique Ponce. Com praça cheia, lidaram-se toiros de Zalduendo, de boa apresentação ainda que desigual, mas no geral cumpridores, destacando-se o lidado em quarto, quinto e sexto lugar.
    Enrique Ponce não pôde brilhar com o primeiro toiro do seu lote, sem forças, desinteressado e que não transmitia. Acabou por também não ter sorte a matar, com dois descabellos e dois avisos. Já no seu segundo, um toiro nobre, a faena foi em crescendo, transformando-se numa verdadeira lição de toureio. Começou com a muleta dobrando-se e levando o toiro à sua volta com um temple que doía de tão espectacular. A rês nunca desviou o olhar do matador, investindo sempre por ambos os pitons e o Maestro Ponce, que é um verdadeiro senhor do toureio, realizou uma faena de classe que lhe valeu as duas orelhas e como tal saída pela Puerta Grande.
    Alejandro Talavante foi superior nas suas actuações, mas a má sorte com a espada quitaram-lhe o triunfo. Com o seu primeiro toiro, que saiu alegre mas lhe faltava classe, Talavante evidenciou técnica e toureou em redondo principalmente com a esquerda com muletazos templadíssimos. Matou com uma estocada descaída e houve forte petição de orelha que não foi suficiente para convencer o presidente da corrida. Talavante brilhou mais pela faena ao seu segundo, a quem, baixando-lhe a mão, conduziu com a flanela em circulares, deixando-se roçar por uma rês que foi a mais e que lhe permitiu um toureio profundo. Perdeu os troféus com o estoque, o seu calcanhar de Aquiles, tendo escutado três avisos. A desilusão foi visível na cara do jovem matador, o público ovacionou-o. O que um toureiro leva dentro, não deveria significar o número de troféus que leva para casa.
    Cayetano Rivera, que antecipou o Dia da Mulher para as aficionadas presentes que rejubilavam à sua passagem, teve duas actuações discretas. O seu primeiro toiro saiu com um problema de visão e foi substituído por outro da mesma ganadaria, feio de cara, a quem o matador tentou disfarçar os defeitos com uma série de muletazos templados, com o toiro por vezes a sair para fora, como que a querer fugir para tábuas, mas sobressaindo o labor do matador o que lhe valeu uma orelha. No último toiro da corrida, um bom zalduendo, Cayetano exibiu-se de capote. De rodillas iniciou com a flanela. Toureou essencialmente com a esquerda e apontou bons pormenores, mas falhou com a espada e apenas escutou palmas.