Mourão: Tomás Bastos encanta no primeiro festejo da temporada

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Um ano mais a tradição cumpriu-se em Mourão com o primeiro festejo da temporada portuguesa ao, também primeiro, dia de Fevereiro e por ocasião das Festas em Honra de Nossa Senhora das Candeias.

Um festival taurino que, entre locais e forasteiros, esgotou a lotação da praça que viveu de um ambiente de grande entusiasmo e que já de manhã se vivia em redor do tauródromo, tornando o festival de 1 de Fevereiro numa data obrigatória no calendário taurino e de romaria para aficionados. 

O festejo foi misto e em jeito de conclusão, se só tivesse toureado o Tomás Bastos tinha-nos chegado para fazermos a festa. Sem desprimor para os demais mas foi o novilheiro português quem, finalmente ao último novilho do festejo, entusiasmou de facto e deixou em polvorosa a castiça praça de toiros Libânio Esquível em Mourão. Curiosamente, dezassete anos antes, neste mesmo dia e ainda o Tomás não teria um ano de idade, o seu tio-avô também tinha posto as bancadas de Mourão em delírio, ao tourear ali com os seus 73 anos e um jovial valor. Falo do saudoso maestro José Júlio que ontem, se fosse vivo, teria cumprido 90 anos de idade. 

A lentidão da flanela de Jiménez Fortes contrastou com a ganância do novilho a perseguir, o que permitiu que fosse desarmado por variadas vezes. Ainda deu ar de sua graça, com um toureio caro e profundo mas que acabou por não romper. Ginés Marin andou a gusto com a boa rês que lhe tocou em sorte; e o novilheiro Javier Zulueta evidenciou boas maneiras e disposição. Mas, como referido no início, foi Tomás Bastos quem encheu as medidas aos presentes. Vistoso e elegante no capote, brilhante no tércio de bandarilhas, na muleta exibiu disposição e valor suficiente perante um novilho de grandes condições. Pôs as bancadas de pé num uníssono “torero, torero”. 

A cavalo actuaram os cavaleiros Tristão Telles Queiroz que mostrou desenvoltura e conexão com as bancadas e  Vasco Veiga que apesar de boas noções e sentido de lide, passou mais discreto. 

Boas foram também as pegas, ambas à primeira, pelos grupos do Aposento da Moita e Amadores de Cascais.

Também o bom jogo no geral dos novilhos de Murteira Grave foi destaque deste primeiro festejo da época portuguesa, destacando-se o nobre e bravo novilho-toiro que abriu o espectáculo, e o sexto da ordem, que teve durabilidade e bravura suficiente para fazer justiça com honra do ganadero à arena. 

Dirigiu o espectáculo Domingos Jeremias, assessorado pela veterinária Ana Gomes, com a Banda Filarmónica Mouranense a abrilhantar o festejo.

Está assim dado o mote para o resto da temporada. Para o ano haverá mais, em Mourão.




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