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    Feira Taurina da Moita: "Do difícil reza a história"


    Praça esgotada na passada quinta-feira, a relembrar o ambiente de antigamente, para assistência a uma corrida com Cartel variado e que levantava alguns motivos de interesse.

    Abriu praça o cavaleiro Rui Fernandes, uma verdadeira figura do toureio luso, que mostrou naquela noite que é um toureiro que faz falta tourear cá mais vezes. Dentro do seu conceito cambiado, e frente ao melhor toiro da corrida, animal fácil e de investida muito suave, típico do encaste murube, Fernandes foi autor de uma grande actuação, com uma lide emotiva e que chegou ao público que lhe correspondeu com fortes ovações. 

    Gilberto Filipe teve uma noite menos positiva com um toiro com “teclas que tocar". O cavaleiro insistiu nos quiebros e os resultados nem sempre resultaram os melhores. Só quando mudou de montada, conseguiu resolver alguns dos problemas que toiro lhe apresentava por diante. Rubricou uma lide com algumas intermitências e alguns toques nas montadas .

    Também Filipe Gonçalves teve uma noite morna na Moita com uma lide de altos e baixos. O toiro teve as suas dificuldades, ainda sim mais cumpridor que o anterior. Passagem discreta do cavaleiro na Daniel do Nascimento.

    João Ribeiro Telles confirmou mais uma vez na Moita o bem montado e confiado em que se encontra. Teve uma atuação positiva, a mexer bem com o toiro, e chegou verdadeiramente ao público com o “Ilusionista“ e os seus emotivos quiebros.

    A fava veio com o quinto toiro. Manso reservado, a fechar-se em tábuas e tocou em sorte, ou falta dela, a Luís Rouxinol Jr. O jovem cavaleiro agigantou-se perante as dificuldades. Possui valor e argumentos suficientes para não levar lições feitas de casa, nem se repetir a cada lide. Foi autor de grandes ferros a sesgo, os possíveis perante as complicações do oponente e provou que o toureio é isso, improviso e consoante o toiro que se tem pela frente. Uma lide séria e a sério. 

    O jovem praticante Duarte Fernandes apresentou-se de casaca na Moita e também ele com uma actuação nem sempre regular. Sofreu um forte toque no segundo comprido e consentiu algumas falhas nos curtos. Optou também ele por tourear próximo do conceito do tio, com batidas ao píton contrario. Demonstrou muito sentido de lide e boa técnica. Destaque para o último curto.

    Tristão Telles de Queiroz teve uma lide positiva e pese embora a sua juventude, mostrou boas maneiras e desembaraço a resolver os problemas. Há caminho para crescer mas também há matéria para dar frutos.

    Fomos brindados por uma noite de valentes, e algumas complicadas, pegas pelo grande Aposento da Moita. Deu o exemplo o cabo, Leonardo Mathias à primeira; João Ventura à primeira; Martim Cosme Lopes à segunda; Tiago Nobre à quarta; António Ramalho e João Serrano de cernelha; Tiago Valério à primeira; e o jovem Manuel Queiróz à sexta tentativa.

    O curro de Passanha saiu bem apresentado mas com falta de casta e a pecarem um pouco por falta de transmissão. O seu comportamento condicionou a história da corrida. Bom toiro o primeiro e o sexto. Nota negativa para o quinto que foi manso perdido.


    José Belchior