"'Passanha' vence, Rouxinol destaca: Tarde dura para os forcados na mansada em Alcochete"

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A praça de toiros em Alcochete abriu as portas no passado domingo, dia 8 de Agosto, para a tradicional corrida Concurso de Ganadarias, que seria também este ano, comemorativa dos 50 anos do Grupo de Alcochete. Um ambiente aficionado e alegre que não teve nada a ver com o escasso resultado artístico da corrida.

Luís Rouxinol era o aniversariante do dia, que ao entrar na praça para receber o Vale Sorraia que lhe calhou em sorte, foi agradavelmente surpreendido pela Banda que lhe tocou "O Parabéns a Você". Um momento bonito que todos se irão lembrar. Em relação à lide, Luís soube dar a volta com desembaraço, embora sem grande brilho perante a falta de casta e força do Vale Sorraia. No seu segundo, um bonito Passanha, que não sendo o mais bravo da corrida foi o menos manso, a história foi diferente. Luís soube espremer bem o pouco sumo que o Passanha tinha e protagonizou uma lide de mérito montando o Douro. 

O toiro da ganadaria Passanha acabou por ganhar ambos os prémios em disputa, o de apresentação e bravura.

João Ribeiro Telles limitou-se a estar correto diante dos seus toiros. O seu primeiro foi um de António Brito Paes, de escassíssima apresentação, e pouco colaborativo. No seu segundo, um manso Vinhas, que soube vir a mais ao longo da lide, pecou por alongar demasiado a lide, ao passar em falso várias vezes com o Ilusionista.

António Prates teve uma tarde sem história, que desiludiu, denotando precipitação e desconcentração, coisa que não é costume das suas atuações. Esteve melhor no seu segundo, que apesar de não ser bravo, era voluntarioso e dava cargas fortes pela esquerda.

Quanto às jaquetas de ramagens, todas as pegas estiveram a cargo dos Amadores de Alcochete que não tiveram tarde fácil, com 3 forcados lesionados. Pegaram Vitor Marques (à primeira), o cabo Nuno Santana (à quarta), Manuel Pinto (à terceira), José Freire (à segunda a dobrar João Belmonte que saíu lesionado) e António José Cardoso (numa grande pega à primeira). O último toiro partiu um piton e não pôde por isso ser pegado. Lamentavelmente, a pega do último não foi possível, pois este partiu o pitón direito, e a culpa foi injustamente atribuída aos bandarilheiros. Mais lamentável ainda foi a teimosia em pegar um toiro lesionado de cernelha, que o diretor (e bem) não autorizou.

A corrida foi dirigida por Tiago Tavares, assessorado pelo médico veterinário Carlos Santos.

Em suma, foi uma tarde vulgar e que deixou muito a desejar. Alcochete merece muito melhor.

João Carvalho
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