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    Protoiro sobre nova discriminação da Tauromaquia: "Não existe racional que possa explicar esta aberração legal"

     


    A PROTOIRO repudia profundamente a Resolução do Conselho de Ministros que permite os espectáculos culturais dos concelhos de risco mas exclui a actividade tauromáquica. Touradas estão permitidas nos restantes concelhos.

    O Governo promoveu novamente uma discriminação inaceitável e arbitrária contra a tauromaquia, em relação às outras áreas culturais, neste caso na Resolução do Conselho de Ministros n.º 74-A/2021, permitindo a realização de espectáculos culturais em concelhos de risco elevado, mas proibindo a actividade cultural tauromáquica nestes concelhos, mantendo-se permitida a realização de touradas nos restantes concelhos.

    Depois da publicação desta resolução foi feito um pedido de esclarecimento à IGAC e ao Ministério da Cultura sobre a sua aplicação às salas multiusos nos concelhos de risco elevado, como são as praças de toiros cobertas. Chegou agora a confirmação de que os espectáculos tauromáquicos estão proibidos em todas as salas/praças nos concelhos de risco elevado. Ou seja, para cúmulo do absurdo, por exemplo, a Praça de Toiros do Campo Pequeno encontra-se, e bem, a realizar concertos musicais, mas a mesma praça não pode realizar o fim para que foi construída, dar corridas de toiros! Não existe racional que possa explicar esta aberração legal.

    Este é mais um dos reiterados actos discriminatórios do Governo para com os aficionados e o setor da tauromaquia, impedindo o trabalho e sustento de muitos milhares de pessoas que dependem deste setor, que já se encontram em situações muito difíceis.

    Nenhuma razão pode justificar esta situação. A cultura é segura e a tauromaquia mostrou, com elogio das autoridades, o cumprimentos das normas da DGS específicas do setor, que são ainda mais exigentes que noutros espectáculos, não tendo existido nenhum foco de contágio em corridas de toiros.

    O setor tem sido extremamente sensível à evolução da pandemia e tem adiado e até mesmo cancelado espectáculos, mas não pode aceitar uma situação de discriminação e tratamento desigual perante as restantes áreas culturais.

    Perante esta situação, não podemos aceitar que os profissionais do setor e os mais de 3 milhões de portugueses que se afirmam aficionados sejam tratados como cidadãos de segunda, nem com menos direitos que os demais.

    Não admitimos qualquer discriminação e não descansaremos até que a igualdade seja reposta.

    PROTOIRO
    Federação Portuguesa de Tauromaquia