Ricardo Levesinho: “Vila Franca é respeito pela Tauromaquia, pelo toiro e pelos artistas que pisam aquela arena”
Na Palha Blanco, em Vila Franca de Xira, a temporada inicia-se amanhã, dia 7, pelas 19h, para o empresário Ricardo Levesinho, da empresa Tauroleve, organizar uma das primeiras corridas da temporada “Significa mais uma Temporada, mais um ano cheio de desafios. Desde logo pela conjetura que vivemos nestes tempos mas que graças a Deus está a resolver-se mas também por estarmos a entrar numa nova temporada onde iremos estar em momentos que nos criam muita ilusão como está primeira Feira do Toiro inserida no 120 aniversário da Palha Blanco”. Embora exista uma restrição horária “Felizmente os horários alteraram e assim conseguimos que as corridas sejam realizadas a horas ditas normais mas os aficionados reagiram positivamente e se a corrida de dia 8 tivesse que ser realizada as 10:30 da manhã (o que já não é o caso pois alterou posteriormente para as 17 horas) acredito que a moldura humana presente seria idêntica.”
À frente de uma praça importante no panorama nacional, apostar no toiro tem sido “fundamental”, e este ano não será diferente: “A forma como pensamos a Tauromaquia tem sempre a figura do toiro com elevada importância. Sentimos que essa e também uma imagem de marca nossa e por isso o que temos de fazer e corresponder e fazer cumprir essa forma de pensar e respeitar.”, além disso “Vila Franca é respeito pela Tauromaquia, pelo toiro e pelos artistas que pisam aquela arena.” Para a Feira do Toiro deseja que “Que sejam possíveis vários êxitos e que os aficionados desfrutem e emocionem-se. Nós tudo faremos para estar à altura da grande responsabilidade.” A Palha Blanco tem uma responsabilidade acrescida, mas “Como nascemos e fomos criados nessa terra maravilhosa sabemos preteritamente mais que ninguém o que obrigatoriamente tem que ser o nosso compromisso e a forma de o honrar.”
O atrasado no início da temporada leva a que a fome de toiros tenha aumentado, nas palavras de Ricardo Levesinho: “Creio que ter existido a autorização de reabertura de atividade nos proporciona voltarmos a ir onde nos sentimos bem e onde queremos estar e para todos nós aficionados é sempre uma festa e uma alegria imensa estar numa Praça de Toiros a desfrutar do que nos emociona.”
Quanto a perspetivas futuras: “Vila Franca com um colete encarnado que entendemos bem estruturado e uma Feira que celebrará o 120 aniversário da Palha Blanco. Nas restantes praças estamos a fechar todos os projetos e acredito muito em tudo o que está feito.”
A festa de toiros, no geral, atravessa um momento difícil no que toca a tentativas de acabar com a mesma, “Estamos numa sociedade muito diferente animada por interesses animalistas e políticos. Felizmente temos muitos políticos que continuam a defender e aqui destaco deputados e presidentes de câmaras municipais. Em suma estamos num momento em que não é fácil ser aficionado por tanta contra informação e a única forma de aumentarmos a criação de aficionados passa por abrir as portas, mostrar a nossa identidade e que nos conheçam como somos e não como alguns nós caracterizam” e neste momento “Estamos a fazer os possíveis contra interesses muito poderosos subsidiados pela indústria Vegan que querem acabar com o consumo de animais e nós colocarem a viver da forma como eles nos querem obrigar.
O que temos de fazer e manifestarmos sempre a nossa vontade e defendermo-nos destes ataques inconcebíveis que mais parecem de tempos onde a ditadura imperava pois o respeito obrigatório que todos nós cidadãos devemos sentir por parte do estado não se sente. Bem pelo contrário.”
As corridas de toiros foram a última atividade cultural a retomar a atividade, quanto a isto, Ricardo Levesinho “Até podia perceber se nos tivesse sido explicado as razões que provocaram está decisão. Mas o estado ignora a nossa cultura intencionalmente e retirar as transmissões televisivas das corridas de toiros é um exemplo grave do que acabo de dizer”.
Hoje em dia existe hoje uma “urbanização” das pessoas que faz com que se criem alguns estereótipos relativamente ao campo e à ruralidade, “Por isso digo que temos de abrir as portas e mostrarmos as pessoas a forma como se cria o toiro, se defende o ambiente e acima de tudo como se defende uma cultura tão bonita como a Tauromaquia.”
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