Maestro José Júlio: a simplicidade da Grandeza
José Júlio, filho do bandarilheiro Júlio Antunes, foi aluno da Escola de Toureio da Golegã, onde teve como mestre Patrício Cecílio. Estreou-se em público na praça de toiros do Cartaxo, no final da temporada de 1955, num festival em que também atuaram Manuel dos Santos, António dos Santos e Francisco Mendes.
Vestiu pela primeira vez o traje de luces na praça de Santarém, a 10 de abril de 1956, apresentando-se, em junho desse ano, na Monumental do Campo Pequeno. No seu debute em Las Ventas, Madrid, na tarde de 24 de setembro de 1959, cortou uma orelha, tendo sido o primeiro toureiro a pé, de nacionalidade portuguesa, a consegui-lo nesta praça.
Em 19 de abril do mesmo ano estreara-se também na arena de Nimes, França. Depois de um bem sucedido percurso como novilheiro, toma a alternativa, durante a Feria del Pilar, na praça de Saragoça, em 11 de outubro de 1959, apadrinhado por Manuel Jiménez, Chicuelo II. Extraordinário bandarilheiro, José Júlio foi considerado um dos matadores portugueses mais completos.
Cultivando muitos admiradores, o escritor Alves Redol entronizou a sua arte numa célebre crónica intitulada Sombra e Sangue, em 1960.
Foi durante muitos anos o professor na Escola de Toureio José Falcão.
Em outubro de 2009 celebrou os 50 anos da sua alternativa na arena da Palha Blanco, em Vila Franca de Xira.
Hoje, 29 de janeiro, morreu um Toureiro, um Homem simples mas que foi Grande e ficou na História.
Que descanse em Paz.
Fica a nossa Homenagem através das imagens captadas por Pedro Batalha.