Presidente da Freguesia de Azambuja: "Não se negoceiam Orçamentos de Estado vendendo as nossas raízes, tradições e identidade"

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Inês Louro, Presidente da Freguesia de Azambuja, ficou verdadeiramente incomodada com António Costa e com o Partido Socialista por causa da possível alteração da idade mínima imposta de 16 anos para se poder assistir a uma corrida de toiros. Uma contrapartida exigida pelo PAN para que o partido aprovasse o orçamento de estado e que tem incomodado muitos militantes do PS.

Na sua página na rede social Facebook, Inês Louro emite a opinião que abaixo transcrevemos e aplaudimos:

"Sou Presidente de Junta eleita pelo partido que se encontra no Governo. Tal facto não me turva o pensamento e jamais me condicionará a minha liberdade de expressão, simplesmente porque estou num partido livre e plural. 

Permita-me Sr. Primeiro Ministro António Costa, enquanto Presidente de Junta de Freguesia de Azambuja (terra simpaticamente tauromáquica) e enquanto azambujense que lhe diga que não se negoceiam Orçamentos de Estado vendendo as nossas raízes, tradições e identidade. Porque isso é a mesma coisa que perdermos personalidade.

Compreendo, talvez seja das que melhor compreenda, o quanto esta fase tem sido desgastante para todos, o quanto seria importante ter um Orçamento de Estado para 2021 para combater a pandemia. Mas não vale tudo!

Ao vedar a entrada a menores de 16 anos nas touradas, está a vedar a opção de os mesmos fazerem uma escolha e serem ou não educados segundo a nossa identidade cultural. Sim, porque Tauromaquia é Cultura! E eu não vejo mais nenhuma restrição cultural a menores de 16.

Sr. Primeiro Ministro, como diz o nosso fado: até que a voz me doa, não aceitarei este atentado à identidade da Freguesia a que presido e falo apenas em nome de Azambuja. Se necessário, recorrerei ao Tribunal Constitucional… até que a voz me doa". 



Fotografia: DR/Facebook.com