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    Vila Franca hoje acordou mais pobre: sem Colete Encarnado e sem um Toureiro


    Vila Franca de Xira nunca mais será a mesma. 

    Em 88 anos que se fez feliz, com o surgimento da sua festa maior, foi a primeira vez que não a viveu. E como é triste uma Vila Franca sem Colete Encarnado.

    E mais triste e chorosa acordou hoje, no dia em que se a vida fosse normal, se festejava com mais importância a referida festividade, ao ter perdido um dos seus filhos predilectos, um toureiro que lhe elevou o nome, Mário Coelho. 

    Mário Coelho Luís nasceu na Sevilha portuguesa, em casa de gente humilde. Cresceu entre os cavalos, vacas e toiros já que o seu pai era campino.

    Começou por experimentar a tourear animais no campo, a ir às festas da terra, a ver os cartazes das corridas nas paredes e a sonhar um dia ser uma daquelas figuras que tanto idolatrava, um toureiro. Acabou por se tornar um deles, e também bandarilheiro, mas não um qualquer. Foi um dos melhores do mundo no seu ofício.

    Teve uma longa carreira que passou sobretudo por Portugal e Espanha, mas também pela América latina, entre outros locais. Chegou a tourear várias vezes na maior praça de touros do mundo, na Cidade do México, para 60 mil espectadores. Reformou-se aos 55 anos, há três décadas, em 1990, na Praça do Campo Pequeno, em Lisboa, perante uma multidão emocionada de lenços brancos ao alto.

    Partiu hoje, aos 84 anos, vítima do "toiro" mais bravo que assolou a humanidade.

    Vila Franca ficou assim hoje muito mais pobre. 



    Fotografia: Artur Martins/DR