Foram esta tarde discutidos 5 projectos lei que pretendem proibir apoios públicos à tauromaquia (BE, Verdes, PAN) e uma ILC.
Contra os mesmos estiveram os deputados do PS, PSD, CDS, PCP e CHEGA.
No essencial, todos os diplomas defendem que os espetáculos tauromáquicos e todas as atividades ligadas à tauromaquia devem ficar isentas de financiamento por quaisquer entidades públicas, nomeadamente Governo, autarquias, institutos públicos ou empresas participadas pelo Estado.
Para a deputada social-democrata Fernanda Velez, "é falso" que a tauromaquia esteja a ser apoiada pelo Estado, que o número de espectadores de espetáculos tauromáquicos esteja a diminuir e que a maioria dos portugueses seja contra as touradas.
Já o PCP, através da deputada Alma Rivera, afirmou que as tradições culturais, como a tauromaquia, "não se extinguem por decreto" e rejeitou "qualquer tipo de proibicionismo".
O deputado único André Ventura (Chega) defendeu que "a tauromaquia é cultura" e apontou para os "milhares de postos de trabalho" que dependem deste setor.
No mesmo sentido, o deputado do CDS-PP Telmo Correia sublinhou que a tauromaquia "está profundamente enraizada no mundo rural" e considerou que os argumentos para acabar com ela são "populistas, demagógicos e inconstitucionais".
A última intervenção neste debate coube à deputada do PS e antiga autarca Maria da Luz Rosinha que defendeu o direito das autarquias continuarem a financiar este tipo de atividade e lembrou que "o acesso às artes deve ser igual para todos os cidadãos", negando que a tauromaquia esteja a ser beneficiada.
A votação destes projectos de lei decorrerá na manhã da próxima quinta-feira.