Em democracia todos os cidadãos
elegíveis participam igualmente (ou deveriam participar) na eleição dos seus
representantes. Ganha a maioria. Mas essa maioria não pode jamais exercer
posteriormente em regime da sua vontade própria, castrando os direitos de um
povo que é livre e tem direitos, e pesando a balança sempre a desfavor de uns ou
de outros.
Infelizmente é como vivemos
actualmente.
Não obstante a pandemia de um
vírus silencioso que deixou em stand-by
as nossas vidas, o Governo aproveitou-se da mesma para fazer vincar algo que já
lhe conhecíamos: o desrespeito e a discriminação pela Tauromaquia.
Podem muito “palrear” deputados e
deputadas no parlamento defendendo os toiros, que o Governo de hoje em dia,
rege-se de vontades próprias e de troca de favores a partidos menores.
Temos um Governo que quer brilhar às custas da pandemia mostrando-se praticamente todos os dias na televisão a apresentar medidas e regras (algumas de desconfiar) para contornar a crise, e pedindo por vezes às empresas que não despeçam trabalhadores para que o mal seja menor…
Sonsos, já que é o próprio Governo que condena ao desemprego e a uma vida de
instabilidade, os milhares que dependem do sector tauromáquico…
Hoje, 1 de Junho, reabrem pós-pandemia
as salas de espectáculos, cinemas… mas os toiros continuam proibidos. Porquê?
Por uma praça de toiros ser um
local “complicado” de controlar não será de certeza, já que precisamente hoje, se
dará o primeiro espectáculo musical na Praça de Toiros do Campo Pequeno (reforço:
Praça de Toiros. Para que ninguém esqueça o que o Campo Pequeno é realmente!!).
Para mim não há dúvidas, os
toiros continuam proibidos por: Discriminação!
Que o diga a senhora ministra da
cultura, que até então não tem sabido gerir a pasta que tem em mãos, e que é sobejamente
conhecida pelo ódio pessoal ao sector tauromáquico ao ponto da palavra “tourada”
ou “tauromaquia” lhe custar a passar a goela.
Já nos desprezava antes do vírus,
agora faz ainda mais uso da discriminação dentro do sector que tutela, mostrando
que para ela a cultura tem filhos, enteados, primos direitos e primos afastados…
e a Tauromaquia se tanto nem da família será.
E isso, não poderemos tolerar.
Independentemente dos gostos
pessoais da senhora ministra (e alguns deles a mim também não caem no goto), mas
alguém que representa o povo, neste caso a actividade cultural, não pode
destratar e fazer exclusão entre sectores. E se não tem condições para de forma
igual tratar aquilo que representa, então só tem uma hipótese: demita-se!
E para isso não poderia
recomendar-lhe a Porta Grande porque essa se destina a quem triunfa e esse não
é o seu caso, que só se tem destacado para fracassar…
Muito menos lhe pediria o favor
de passar pela porta dos curros, pois por aí só entra e só sai o toiro bravo,
animal de raça, belo, nobre, possante, que tudo dá e tudo pode tirar… qualidades
que não lhe revemos, sendo que a senhora pouco dá a alguns e muito tira a
outros.
Pelo que assim, à senhora ministra
da cultura restará que procure a porta mais pequena e saia sem deixar rasto.
Não lhe teremos saudades.
Patrícia Sardinha