No dia 3 de Junho, o sector tauromáquico, liderado pela APET, teve, segundo uma nota divulgada na altura "uma importante reunião com a Direção Geral de Saúde (DGS) e com a Inspeção Geral das Actividades Culturais (IGAC), no sentido de que se possa reiniciar a actividade tauromáquica com a maior brevidade possível".
Dizia ainda esse escrito que a mesma "foi muito produtiva e envolveu além da DGS, da IGAC e da Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos (APET) a qual entendeu fundamental a presença também da Associação Nacional de Toureiros (ANDT), da Associação Nacional de Grupos de Forcados (ANGF) e da PROTOIRO, tendo sido consensuado um documento com os detalhes para o regresso dos espectáculos tauromáquicos em segurança".
Dezanove dias depois dessa reunião, foram finalmente dadas a conhecer as medidas estipuladas para o regresso dos espectáculos tauromáquicos face à pandemia que nos assola. Mas depois de analisadas as mesmas, podiam bem quem as estabeleceu, guardá-las fechadinhas...num certo sítio.
Não são medidas pró-toiros, são medidas para acabar já com as "touradas" em 2020.
Afinal, tanta gente que foi reunir com a DGS e com a IGAC e depois sai uma coisa destas?!
Em primeiro lugar a saúde de todos, sem dúvida, mas... sem discriminação!
A limitação que impõem da lotação numa praça de toiros é ridícula, para mais quando comparada com a lotação permitida para outros eventos. Por exemplo, a Praça de Toiros do Campo Pequeno, para um concerto musical determina certas regras (espectadores separados por um lugar e todas as filas com público) e para uma corrida de toiros determina outras (espectadores separados 1 metro e filas vazias de forma alternada...).
Roça a pura discriminação, vingança e um abuso da "cultura de gosto"...
Querem-nos agora satisfeitos porque finalmente as corridas de toiros podem regressar mas impõem-nos que as praças fiquem quase vazias de público.
Absurdo!
Uma verdadeira maçã envenenada estas normas...