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    Ricardo Levesinho e a Feira de Maio da Moita: "Somos conscientes que temos uma grande responsabilidade sobre nós"


    Estamos a praticamente uma semana da Feira de Maio na Moita do Ribatejo, a acontecer já nos dias 25 e 26 de Maio. E a praça "Daniel do Nascimento" estreia este ano nova empresa. Ricardo Levesinho é o senhor que se segue.


    NATURALES: Depois de ter estado três anos ausente das ‘lides’ empresariais, regressou no ano passado à praça de Vila Franca, e agora este ano assumiu também a gestão da ‘Daniel do Nascimento’ na Moita. Uma das praças que nos últimos anos mais problemas apresentou em termos de carência de público. Não é arriscado da sua parte?
    Ricardo Levesinho: Penso ser um desafio muito exigente, que pede muito compromisso e espírito de construção conjunto com as instituições e com os aficionados. Entendemos todos que é fundamental para a Moita e para a sua Praça, uma revitalização da mesma e cremos que a estratégia que estamos a seguir, sendo compreendida, pode atingir os objectivos a que nos propusemos, que mais não é do que a revitalização positiva e que honrará a história construída ao longo das décadas anteriores.

    NATURALES: O antigo empresário dessa praça, Rafael Vilhais, confessou ao Naturales no início de 2019, que foi a praça onde ele mais investiu, e recordar que levou lá as principais figuras da actualidade, mas mesmo assim, nunca meteu gente. Sendo que para ele o motivo principal é que “quase não existe afición na Moita”. Concorda com esta declaração?
    RL: Cabe aos moitenses responder a isso e não a mim. Os resultados que juntos iremos conseguir irão confirmar ou não a avaliação referida. Sinceramente acredito e espero que esteja totalmente errado!

    NATURALES: E quais são os seus planos para contrariar essa tendência e voltar a atrair público à Moita do Ribatejo?
    RL: Tudo passa por transmitir uma imagem de credibilidade e em tudo criar espectáculos que tenham grandes toureiros, forcados e ganadarias que, acreditamos que estão a passar um bom momento, para atingirmos no fim um grande acontecimento e um excelente espectáculo. Esta é sempre a boa forma de provocar a que todos os aficionados nos visitem e se sintam interessados em querer voltar ao próximo acontecimento! 

    NATURALES: Existe também a política dos bilhetes com preços muito acessíveis. Obrigatoriamente tinha que passar por aí a estratégia?
    RL: A aposta estratégica fundamental passa sempre pela qualidade que nós queremos atingir e através dos triunfos que aconteçam. Mas sabemos que tem que existir muito investimento da nossa parte e apostamos numa politica de preços já para esta corrida de Maio com mais de 2000 bilhetes ao preço único de 10€ que permite que todos possam ir aos toiros a Moita. Isso provoca, que pessoas que andavam afastadas, possam vir novamente assistir a uma corrida de toiros numa praça de primeira categoria a um preço muito acessível face aos preços normais utilizados. 

    NATURALES: Para já, a tradicional Feira de Maio na Moita conta com dois espectáculos a 25 e 26 de Maio, uma novilhada e uma corrida de toiros, respectivamente. Expectativas para essas datas?
    RL: É o nosso arranque. Somos conscientes que temos uma grande responsabilidade sobre nós e por isso teríamos de criar espectáculos atractivos e com conteúdo mais que apetecido. Desde as ganadarias aos toureiros e grupos de forcados contratados. Temos uma expectativa de presença de público pela aposta já falada do preço dos bilhetes e acima de tudo pelos cartéis montados!

    NATURALES: Falemos em concreto da corrida. Juntou duas das maiores referências do toureio a cavalo, João Moura e António Telles, a um dos jovens que mais entusiasma e garantias dá de triunfo, Luís Rouxinol Jr.. É a combinação perfeita para voltar a colocar a Moita no mapa taurino?
    RL: Ao conhecer a história da Moita e da sua praça, rapidamente sentimos que as pessoas possuem grandes expectativas nos resultados artísticos e nos ambicionados triunfos. E quando começámos a desenhar e a idealizar um cartel para criar sucesso, os artistas tinham que ser aqueles que, pela sua qualidade e valor, nos fazem sonhar em faenas de arte. E no nosso arranque quisemos ser o mais ambiciosos possíveis e contratámos as duas maiores referências do toureio a cavalo em Portugal nas últimas décadas, a que juntamos um jovem valor com provas mais que dadas de grande valor e ambição, e que sabemos que dará tudo para avançar mais um passo importante na sua carreira.  Esta junção de categoria e maestria aliada a irreverência, cremos ser a melhor fórmula para este arranque!

    NATURALES: Será lidado um curro da centenária ganadaria Palha. Que nos pode contar dos mesmos?
    RL: Foi um curro seleccionado pelo ganadero e em que acreditamos. É um curro com muito trapio, com toiros que se destacam pela sua importância e pelas características da ganadaria Palha, que passa sempre pela emoção que transmite para as bancadas. 

    NATURALES: Nas pegas a competição está assegurada pelos Amadores de Vila Franca e pelo Aposento da Moita. Espera-se portanto uma grande tarde de pegas?
    RL: Vejo o grupo de Vila Franca com a consolidação que o caracteriza ao longo dos tempos e onde parece que a renovação nem se nota, considerando a grande qualidade dos novos elementos, o que mantém o grupo por ser um dos melhores do país. E vejo um Aposento da Moita com muita energia e vontade de colocar o grupo no lugar que merece, comandado por um jovem cabo cheio de ambição e motivação, que manifestamente e de forma visível, passa para os seus elementos e em Almeirim viu-se isso perfeitamente. Por isso acredito que teremos decerto, e perante os Palhas, uma grande tarde de pegas.

    NATURALES: Em Setembro tem para organizar, aquela que sempre foi considerada uma das Feiras Taurinas mais importantes do país. Já tem alinhavada na sua cabeça a composição e formato da Feira de Setembro?
    RL: Os nossos desenhos da Feira já começam a ser feitos e passam muito igualmente pelos grupos da terra e por cartéis que acreditamos possuírem os ingredientes, que potenciam grandes êxitos nos acontecimentos que iremos organizar! Iremos decerto contar com os mais destacados artistas e com as ganadarias em que acreditamos. Estamos a deixar a temporada arrancar para nos consolidarmos nas ideias. Não temos por hábito fechar cartéis por compromissos mas sim por valor e pelos resultados ao longo da temporada. Portanto estarão os toureiros que durante a temporada mereçam estar na Moita.

    NATURALES: Que tem a dizer aos aficionados para que no fim-de-semana de 25 e 26 de Maio se desloquem à “Daniel do Nascimento”?
    RL: Que sintam este projecto como seu! E que exista um espírito enorme de compromisso e de presença. Nós comprometemo-nos a fazer o melhor possível para dar à Moita bons espectáculos e só esperamos que exista a qualidade e a emoção que sonhamos!