Acrescentar a isso, uma Praça de Toiros renovada, com uma nova gestão e imagem, então foi ter motivos mais que suficientes para a enchente que, a agora denominada Arena d'Almeirim, verificou na tarde de ontem, 1 de Maio, e que serviu muito bem como espectáculo de família.
De facto, é isso que muitas vezes é uma corrida de toiros: uma Festa de, e para, a Família. Nela se concentram avós e netos, pais e filhos, e assim se fomenta e transmite afición.
O mesmo deve ter acontecido com aqueles pais que ontem partilharam arena com os filhos que agora lhes seguem as pisadas. Mouras, Telles e Rouxinóis, são no meio taurino, o exemplo claro de que "filho de peixe, sabe nadar".
Lidaram-se toiros da ganadaria Vale do Sorraia, bem apresentados no geral, alguns bem pesadotes, outros com menos cara, e todos cumpridores de comportamentos, sendo mansos encastados, por vezes com ideias nas tábuas mas no geral um curro com mobilidade, e mais teriam não fosse o estado do piso em que se encontrava a arena.
João Moura abriu a corrida perante um toiro com 580 kg, que transmitiu pouco, reservado mas se deixou lidar sem problemas, pelo que o consagrado cavaleiro se limitou a ir ter com o oponente e cravar de forma asseada.
António Telles esperou o seu toiro à porta dos sustos, levando-o depois em boa brega. Se é verdade que nem sempre foi feliz nos compridos, nos curtos, e com o "Alcochete", António andou inspirado e deu lição. O toiro, outro pesado Vale Sorraia, com 585 kg, perseguia a chouto mas no momento do ferro crescia, e por duas vezes (1º e 4º curto) veio cá acima, impactando ainda mais as reuniões, já por si de louvar pela verdade que carregavam. Uma actuação séria!
O terceiro da tarde foi o que mais cuidado pediu do curro. Com 515 kg, mais avacado, acusou de forma mais acentuada uma característica geral do lote, descair facilmente para tábuas. Pelo que era necessário mantê-lo ligado e mais, toureado! Não podia ter tido portanto, melhor dupla pela frente: Luís Rouxinol e "Douro", são nisso um par perfeito. Entre ladeios, brega arrimada, recortes e adornos, Rouxinol logrou uma actuação efusiva, culminada com um correcto par de bandarilhas.
João Moura Jr. assentou actuação no seu registo habitual, e que tanto causa impacto nas bancadas, com cites de praça a praça, seguidos de ligeiras batidas a anteceder os ferros, o que por vezes retirou algum ajuste às reuniões. O toiro, com 555 kg, também facilmente se desligava e procurava interesse na trincheira, pelo que melhor cuidado se lhe podia ter dado ao encurtar distâncias.
João Moura abriu a corrida perante um toiro com 580 kg, que transmitiu pouco, reservado mas se deixou lidar sem problemas, pelo que o consagrado cavaleiro se limitou a ir ter com o oponente e cravar de forma asseada.
António Telles esperou o seu toiro à porta dos sustos, levando-o depois em boa brega. Se é verdade que nem sempre foi feliz nos compridos, nos curtos, e com o "Alcochete", António andou inspirado e deu lição. O toiro, outro pesado Vale Sorraia, com 585 kg, perseguia a chouto mas no momento do ferro crescia, e por duas vezes (1º e 4º curto) veio cá acima, impactando ainda mais as reuniões, já por si de louvar pela verdade que carregavam. Uma actuação séria!
O terceiro da tarde foi o que mais cuidado pediu do curro. Com 515 kg, mais avacado, acusou de forma mais acentuada uma característica geral do lote, descair facilmente para tábuas. Pelo que era necessário mantê-lo ligado e mais, toureado! Não podia ter tido portanto, melhor dupla pela frente: Luís Rouxinol e "Douro", são nisso um par perfeito. Entre ladeios, brega arrimada, recortes e adornos, Rouxinol logrou uma actuação efusiva, culminada com um correcto par de bandarilhas.
João Moura Jr. assentou actuação no seu registo habitual, e que tanto causa impacto nas bancadas, com cites de praça a praça, seguidos de ligeiras batidas a anteceder os ferros, o que por vezes retirou algum ajuste às reuniões. O toiro, com 555 kg, também facilmente se desligava e procurava interesse na trincheira, pelo que melhor cuidado se lhe podia ter dado ao encurtar distâncias.
As ganas de Luís Rouxinol Jr. são do tamanho do mundo mas também da pressa que às vezes tem em querer fazer e mostrar tudo. Uma ânsia que o toiro que lhe tocou, animal de 520 kg, quis controlar ao fazer-se tardo para sair dos curros, e logo quando o jovem cavaleiro tinha mentalizado uma sorte gaiola. Mentalizou e cumpriu, ainda que com o toiro a adiantar-se e sem margem de saída, o ferro tenha resultado a cilhas passadas. Nos curtos, andou solvente, e no final por três vezes não rematou com sucesso um par de bandarilhas. Atitude toureira, teve-a no final em recusar dar a volta, ainda que consentida.
O amador António Telles filho, lidou um exemplar da ganadaria David Ribeiro Telles, com 380 kg, frente ao qual teve uma actuação cumpridora, entremeando algumas passagens em falso, com alguns ligeiros toques, mas a revelar as boas intenções toureiras que leva dentro, com a garantia de vir a ser uma promessa das arenas e em quem revemos muito da escola do seu pai.
E se estamos a falar de um evento de "família", não podiam ficar de fora os Grupos de Forcados, exemplo que são da passagem de testemunhos de pais para filhos mas também, uma verdadeira família entre os elementos que compõem o Grupo.
E nesta tarde, foi isso que se sentiu, que tanto no Grupo de Santarém como no Aposento da Moita, 'irmandade' é palavra de ordem.
Pelos Amadores de Santarém, pegou Francisco Paulos que depois de um primeiro intento que até se fechou bem mas depois da viagem, já perto do Grupo, o toiro o despejou da cara, concretizou bem à segunda com mais eficácia dos ajudas; Salvador Ribeiro Almeida viu o seu toiro arrancar com alguma pata ao cite para depois levar fácil a viagem, efectivando à primeira; e Ruben Giovetti à primeira, bem fechado à córnea, com uma pega rija.
Pelo Aposento da Moita, o jovem cabo Leonardo Mathias deu o mote com uma grande pega à primeira. Reunindo muito bem e aguentado a viagem até tábuas onde o Grupo, de forma coesa, ajudou a consumar; Salvador Pinto Coelho não conseguiu reunir de forma correcta à primeira, pelo que concretizou à segunda e sem problemas; e João Gomes encerrou a tarde com uma boa pega à primeira.
Dirigiu o espectáculo o sr. Marco Cardoso, assessorado pelo veterinário José Luís Cruz, numa tarde em que sem dúvida o triunfo maior foi de Almeirim, da Festa dos Toiros e das Famílias Toureiras.
O amador António Telles filho, lidou um exemplar da ganadaria David Ribeiro Telles, com 380 kg, frente ao qual teve uma actuação cumpridora, entremeando algumas passagens em falso, com alguns ligeiros toques, mas a revelar as boas intenções toureiras que leva dentro, com a garantia de vir a ser uma promessa das arenas e em quem revemos muito da escola do seu pai.
E se estamos a falar de um evento de "família", não podiam ficar de fora os Grupos de Forcados, exemplo que são da passagem de testemunhos de pais para filhos mas também, uma verdadeira família entre os elementos que compõem o Grupo.
E nesta tarde, foi isso que se sentiu, que tanto no Grupo de Santarém como no Aposento da Moita, 'irmandade' é palavra de ordem.
Pelos Amadores de Santarém, pegou Francisco Paulos que depois de um primeiro intento que até se fechou bem mas depois da viagem, já perto do Grupo, o toiro o despejou da cara, concretizou bem à segunda com mais eficácia dos ajudas; Salvador Ribeiro Almeida viu o seu toiro arrancar com alguma pata ao cite para depois levar fácil a viagem, efectivando à primeira; e Ruben Giovetti à primeira, bem fechado à córnea, com uma pega rija.
Pelo Aposento da Moita, o jovem cabo Leonardo Mathias deu o mote com uma grande pega à primeira. Reunindo muito bem e aguentado a viagem até tábuas onde o Grupo, de forma coesa, ajudou a consumar; Salvador Pinto Coelho não conseguiu reunir de forma correcta à primeira, pelo que concretizou à segunda e sem problemas; e João Gomes encerrou a tarde com uma boa pega à primeira.
Dirigiu o espectáculo o sr. Marco Cardoso, assessorado pelo veterinário José Luís Cruz, numa tarde em que sem dúvida o triunfo maior foi de Almeirim, da Festa dos Toiros e das Famílias Toureiras.