De
tempos a tempos, os senhores que ditam a programação das televisões, lembram-se
de debater a Tauromaquia nos seus
canais.
Precisamente
os mesmos senhores que fecham tempo de antena a transmissões televisivas de
corridas de toiros ou os que a custo até as vão transmitindo mas limitadas em
quantidade, horário e com tendência a diminui-las de ano para ano, e também os
mesmos que retiraram do activo um magazine semanal tauromáquico.
Contudo,
se for para debater a Festa dos Toiros,
para a tentar enxovalhar com apresentadores/moderadores pouco isentos, e porque
sabem que com isso ganham audiências, lá arranjam sempre um espacinho. Para
mais agora que a Tauromaquia dá que
falar pela questão do IVA e da Cultura, e que se tornou moda falar de “touradas”.
Na
passada segunda-feira, a Tauromaquia voltou a ser tema do programa “Prós e Contras” da RTP1, que actualmente,
talvez seja dos poucos programas de debate onde existe bom gosto e equilíbrio nos
convidados escolhidos para estar em estúdio.
Esperava-se
que o tema da diminuição do IVA da Tauromaquia
fosse o assunto principal mas este passou quase despercebido, sendo o
verdadeiro mote do debate a típica dualidade: “cultura? tortura?”.
Cada
lado aventou o que de melhor sabia ou podia.
E
diga-se de passagem, os do lado “anti” levaram um grande bailinho do ‘nosso’
lado!!
Repetitivos,
desactualizados, descontextualizados, desinformados, intolerantes e
fundamentalistas, como sempre, os convidados para criticar as ‘touradas’ não
tiveram ‘bravura nem nobreza’ suficiente para aguentar as investidas dos que
foram representantes do lado da verdade, da cultura, do amor a uma Festa dos
Toiros que, mais do que tradição, é um modo de vida.
Infelizmente para os ‘antis’, já não somos os tolinhos, os
campónios (e com muito gosto que sou do campo), os básicos a quem para tudo nos
servia a desculpa “o toiro não sofre!”.
Estamos informados e validados em todas as frentes, seja da genética, à
sociologia, ao bem-estar animal, às leis, e até ao discernimento de, e sempre
com respeito aos animais irracionais, sabermos distinguir entre o amor a um cão
por exemplo, e o amor a uma pessoa.
Além
disso já não estamos sozinhos!
A
nossa frente de batalha compõe-se de uma riqueza multicultural de
“combatentes”, de variados quadrantes sociais e económicos, onde cada um é
livre das suas escolhas, sem uniformização de géneros, de ideais e gostos.
E
com isso não andam a contar os antis, que enquanto remoem nos seus argumentos
sem sentido, perdem crédito junto dos que, não tomando qualquer partido, acabam
de todo o modo por respeitar os que optam pelos valores da Festa Brava.
Por
isso, desimaginem-se destes debates!!
A
Tauromaquia não tem que ser debatida porque gostar de touradas é simplesmente
uma questão de civilização!!
Por: Patrícia Sardinha