Caro amigo Francisco Penedo,
Não é fácil escrever neste momento...
Mas o Francisco também nunca gostou de facilidades, portanto cá vai!
Sempre quis desafios, sempre quis, e como bem dizia: "marcar a diferença, não ser como os outros!!".
E de verdade, digo-lhe já que nunca o foi!
E de verdade, digo-lhe já que nunca o foi!
Dizem que só quando a pessoa morre é que todos passam a falar na boa pessoa que era.
Mas oh Francisco, não era preciso chegarmos a esse ponto...
Bastava ver o tanto que fazia e a forma como defendia os 'seus' Rouxinóis como quem defende um irmão, um filho...que é isso que eles eram para si...e perceber que o Francisco não só tinha um coração enorme, como era uma pessoa com grande sentido de justiça!!
E deixou cá tantos amigos...
Você gostava sempre de contar a história de quando o sr. Mário Freire, então apoderado do Luís Rouxinol, se fazia acompanhar por si e lhe deu a conhecer não só o gosto a este mundo dos toiros, como a uma grande amizade ao Luís, e lhe dizia: “Oh Francisco, deixe-se andar connosco que connosco é que anda bem!”. Pois olhe, nunca isso fez tanto sentido como agora...
Recorda-se quando há menos de um mês me disse: "Nem sempre estamos de acordo mas às vezes chegamos a um consenso", e eu nem respondi? É que afinal o consenso era quase sempre concordar consigo. Porque o Francisco era de ideias fixas! Ou se calhar sou eu a das ideias fixas, pois como alguém diz muito: "um teimoso nunca ateima sozinho!", e por isso, não valia a pena contrariar...
Enfim, penso que por agora não tenho muito mais a contar-lhe, até porque ainda hoje falámos e pela última vez lhe dei uma opinião...e foi aceite!!
Sabe Francisco, hoje não foi a Festa dos Toiros que ficou mais pobre, fomos nós!!
Vai fazer falta...
E mais uma vez, a sua vontade prevaleceu...pese embora ter pedido o contrário!
Até sempre amigo,
Patrícia Sardinha
PS: publiquei esta fotografia porque deve ter sido das últimas que têm juntos e sei que gosta dela 😉