Deputado anti-taurino propõe o "velcro" - Prótoiro recusa essa "solução"

NATURALES
Publicado por -

Segundo um artigo publicado hoje no jornal Expresso, o deputado socialista Pedro Delgado Alves, conhecido pelos seus ideais anti-taurinos, irá apresentar uma proposta de lei que prevê que as corridas de toiros em Portugal passem a ser feitas como as da Califórnia (EUA), onde o toiro de lide "usa" um velcro no dorso para serem colocadas as bandarilhas.

Uma notícia sensacionalista por parte do referido órgão de comunicação social, baseada na ideia de um ou dois deputados anti-taurinos, que não revelam posições ou propostas concretas do Partido Socialista.

Em declarações ao jornal Expresso, o socialista Luís Testa, que votou contra a proposta do PAN, afirma que esta sugestão nunca será aceite pelos aficionados, justificando: "Retira toda a emoção e a dimensão filosófica do combate igual entre o homem e o animal. Seria a morte do espetáculo".

Entre outras supostas declarações sobre este assunto, surge nesse artigo do referido jornal, a de Paulo Pessoa de Carvalho, presidente da Prótoiro e da APET, que admitiu que pode não ser bem assim: "É claro que prefiro que as coisas continuem como estão", disse ao semanário, mas acrescentando que "se a tourada tiver de se adaptar a uma nova realidade [o velcro] pode ser uma solução".

E é no seguimento desta suposta declaração, que vem a Prótoiro clarificar a mesma através de um comunicado, onde dá conta que: 

"É com perplexidade e indignação que o presidente da Prótoiro – Federação Portuguesa de Tauromaquia reage à notícia da edição de hoje do semanário Expresso, segundo a qual teria admitido que os toiros poderiam no futuro passar a ser cravados com ferros no velcro.

Como é fácil de perceber, na qualidade de reconhecido agente taurino, antigo forcado e empresário, Paulo Pessoa de Carvalho jamais poderia  ter proferido tais declarações por não ser essa a sua convicção nem  ser esse um horizonte que alguma vez tenha considerado plausível ou admissível.

As declarações de Paulo Pessoa de Carvalho foram taxativas e inequívocas quanto à inevitabilidade, em Portugal, da continuação da corrida de toiros no habitual figurino, tendo mesmo assumido ser totalmente contra tal solução.

Já sobre a utilização dos referidos ferros no velcro no Canadá ou nos Estados Unidos - tema que provavelmente gerou o equívoco no espírito do jornalista - Pessoa de Carvalho reconheceu tratar-se de uma prática admissível face às evidentes e óbvias diferenças vigentes no quadro legal e tradicional daqueles países."