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    Crónica da Moita: "Noite de famílias toureiras e emoções"



    Moita, uma das Feiras Taurinas mais afamadas de Portugal, conhecida não só pelo “amor” ao toureio apeado, mas também, pelo cariz popular da sua afición.

    Nesta passada quinta, decorreu precisamente uma demonstração de afición com as bancadas da Daniel Nascimento a verem-se compostas.

    Lidou-se um curro de encaste Murube proveniente da ganadaria Passanha, bem apresentado, destacando-se em comportamento o quarto e sexto do lote.

    Para o primeiro da noite, veio à praça a competência de João Moura que viu assinalar pela empresa os seus 40 anos de alternativa. O maestro de Monforte andou nos compridos de forma regular, para nos curtos cravar de forma regular, perante um Passanha reservado que não permitiu grandes bregas como a escola do toureiro gosta, mas, ainda assim agradável de se ver.

    Abriu praça o cabo da formação do Aposento da Moita, José Maria Bettencourt, que consumou à 1.ª tentativa.

    O segundo da noite, foi lidado por António Telles, com a rês a colocar investidas adiantadas ao cavalo, mas António manteve a sua firmeza e procurou ferros de verdade vindo de fronte e cravando ao estribo e no limite. Uma lide bonita com ferros de verdade e recheio de tradicionalismo daqueles que marcam um toureiro e trazem os verdadeiros ditos aficionados às praças.

    Para a cara do 2.º da noite, para a cara Marcos Prata, pega consumada à 1.ª tentativa, repleta de querer e confiança.

    Para a 3.ª lide da noite, esteve em praça o cavaleiro Luís Rouxinol perante o toiro mais pesado do festejo. Nos compridos, o maestro de Pegões andou bem, para na sorte de curtos trazer à praça uma das estrelas da quadra, o seu Douro. E que bem anda este cavalo e respectivo cavaleiro. Bem na brega e colocação do toiro, facilmente chegou ao público. O toiro reservava-se na investida, o que tirou algum brilho. Terminou com um ferro de palmo entre tábuas e o já habitual par de bandarilhas no sítio certo e de feição.

    Para a cara deste toiro o Forcado João Ventura, pega consumada à 1.ª tentativa.

    Após o intervalo, onde decorreu uma homenagem aos 40 anos de alternativa do maestro João Moura, entrou em praça Francisco Palha. Destacou-se especialmente no seu 2.º comprido. E no tércio de curtos, esteve regular dentro do bom momento que atravessa, cravando com raça e querer, especialmente no seu 3.º ferro curto a entrar muito bem pelo toiro, antecedido de uma grande brega a colocar o toiro. Uma lide que agradou ao público.

    Para pegar o 4.º da noite, o forcado Leonardo Matias, à 2.ª tentativa.

    O cavaleiro Miguel Moura recebeu o toiro de sorte gaiola, mas esta não saiu de feição e colocou o ferro muito muito descaído. Nos curtos, o toiro nem sempre facilitou e Miguel Moura a não entender da melhor forma este Passanha, o que lhe valeu alguns toques na montada. Insistiu em demasia num toureio de quiebros, quando o toiro não cooperava, ainda assim deixou dois curtos de bom gosto finalizando com um ferro de palmo de muito boa nota.

    Para pegar do quinto da noite, o forcado Marco Cardoso, que consumou à 1.ª tentativa.

    O sexto toiro da noite coube a Luís Rouxinol Jr. perante um Passanha que vinha a menos em especial no momento da reunião. Andou empenhado e dedicado, com sentido de lide, e a sobressair principalmente o seu último curto e pelo já habitual par de bandarilhas, de grande nota, e a chegar de uma forma aficionada e de verdade ao público.

    Pegou este toiro o forcado Martim Afonso, brindado dentro da arena, lá onde se brindam as figuras, a João Moura, pega consumada à 1.ª tentativa.

    Por fim, fechou a corrida o cavaleiro amador, António Telles Jr.. Tranquilo, seguro, bem montado e a montar bem, nos curtos andou a primor, a desfrutar e a chegar ao público. Muito futuro para este jovem rebento da torrinha.

    Pegou o novilho, João Gomes ao terceiro intento.

    Dirigiu o espectáculo Tiago Tavares numa noite de famílias toureiras!


    Por: Francisco Potier Dias