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    Casa cheia na homenagem a Alfredo Rouxinol no Montijo


    Realizou-se na noite do passado sábado no Montijo, a tradicional corrida das Festas de S. Pedro, onde este ano se incluiu também uma singela homenagem a Alfredo Vicente ‘Rouxinol’, prestada logo após as cortesias e onde foi visível a emoção do antigo cavaleiro amador e ex-forcado da terra.

    A corrida teve ambiente, teve ¾ de casa cheia, teve ritmo e teve triunfadores: Luís Rouxinol Jr. (melhor lide), Filipe Gonçalves (melhor par de bandarilhas) e José Suíças (melhor pega).

    Lidaram-se toiros da ganadaria de Mário e Herds. de Manuel Vinhas, de desigual apresentação, variadas capas, sendo no geral cumpridores em comportamento.

    Abriu praça a dupla, Luís Rouxinol e seu filho, o praticante Rouxinol Jr., frente a um toiro com 540 kg, que esperava nas reuniões, e em que o pai teve mais ofício na preparação das sortes, para depois dar primazia ao filho na colocação dos ferros. Uma actuação em tom morno mas feliz.

    Seguiu-se Filipe Gonçalves a quem tocou um toiro avacado e pequenote mas com raça e 460 kg. O cavaleiro incidiu nos cites de largo, para após batidas deixar a ferragem da ordem, numa actuação alegre e que chegou facilmente às bancadas. Rematou com eficiência cravando o par de bandarilhas e um ferro violino montando o famoso ‘Chique’.

    Marcos Tenório recebeu o seu toiro, que acusou 515 kg e saiu com patinha à arena montijense, com uma brega apertada, ‘dobrando-o’ até o parar. O cavaleiro de Elvas cumpriu sem deslumbrar, por vezes mais atravessadote nas sortes, rematou bem com o tradicional par e pelo meio houve tempo para gestos pouco ortodoxos, que lhe começam a ser característicos.

    Luís Rouxinol teve actuação séria frente a um bonito cárdeno com 500 kg, com a preocupação da brega e escolha de terrenos como é seu apanágio, corrigindo a posição do toiro quando este se ‘tapava’ para o cite, e depois, montando a Viajante e a curtas distâncias deu primazia às investidas da rês, que se arrancava com raça. Fechou função com um palmito e um correcto par de bandarilhas.

    O mais novo do cartel, Luís Rouxinol Jr., esteve à altura dos alternantes frente a um toiro com 505 kg, mais ‘chatinho’, a pedir um toureio de arrimo. O jovem cavaleiro andou com decisão, tentando com o Ulisses fazer uso dos ladeios mas com a rês a prestar-se a curta perseguição. Já com o Amoroso as sortes tiveram mais rectidão, com o primeiro e o quarto ferro da ordem e o palmito com que encerrou função, a serem de grande nota.

    Houve grande entrosamento na lide a duo entre Filipe Gonçalves e Marcos Tenório frente a um bom toiro com 510 kg. Tivesse Filipe Gonçalves lidado a solo com o mesmo empenho que o fez nesta última actuação, sem descurar a preparação das sortes, correcto e frontal nas abordagens ao toiro, cravando na ressalva o alternante, Marcos Tenório. Uma dupla que funcionou, que fez o ‘T.P.C.’, e cuja actuação empolgou as bancadas. 

    Nas pegas, e pelos forcados da T.T. do Montijo, pegou Márcio Chapa à primeira e sem problemas; Luís Carrilho com uma grande e rija pega à primeira; e Jerónimo Raimundo que num primeiro intento não reuniu com decisão, acabando por ser dobrado por Rodrigo Carrilho, que consumou com ajudas carregadas.

    Pelos Amadores do Montijo, pegou José Suíças à primeira, aguentando sozinho a viagem do toiro que desviou a rota do grupo que o esperava, mas sem complicações de maior; Hélio Lopes também à primeira efectivou a sua pega numa viagem até tábuas; e João Paulo Damásio encerrou funções à terceira e com labor do primeiro ajuda, depois de dois intentos em que num houve investida descomposta do toiro e no outro não efectivou o forcado com decisão a reunião.

    Dirigiu a corrida sem problemas Tiago Tavares, numa noite onde foi ainda tributado um minuto de silêncio por Mestre David Ribeiro Telles e José Zúquete. 

    Foram jurados na atribuição dos prémios em disputa, Maurício do Vale, José Cáceres e Diogo Marcelino.