Matinal de Valência: Triunfalismo viral, mas não suficiente...

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A matinal deste sábado de Fallas em Valência fica marcada pela competição entre três rejoneadores que marcarão presença em praças lusas na presente temporada: Andy Cartagena, Diego Ventura (a confirmar) e Lea Vicens.

O triunfalismo foi viral nesta nona corrida Valenciana, mas nem sempre consequente, e muito menos suficiente a alaridos maiores.

Andy Cartagena imprimiu a máxima ligação e emotividade às suas lides, dando primazia e destaque aos momentos antecedentes e procedentes à cravagem, com um rejoneio de aparato e oportuno. Com o cavalo appaloosa 'Pintas' conseguiu momentos de maior fulgor na bancada, embora nem sempre com a correção pretendida. Uma orelha em cada actuação e porta grande para o toureiro que estará em Beja a 23 de abril.

Diego Ventura teve uma manhã ingrata. Enfrentou o pior lote da corrida e a vontade do toureio em sacar triunfo nem sempre teve a conexão esperada. Protagonizou os melhores momentos da corrida montando o Ritz, embora a intermitência sempre tenha acompanhado as prestações do ginete luso-andaluz. Duas ovações com forte petição foi o que Ventura logrou, ficando no entanto uma sensação que o tom de triunfalismo da corrida não afectou a presidência, não tendo existido dualidade de critérios.

Lea Vicens pratica o rejoneio vulgar, monta com segurança e tem um perfil sóbrio. Contudo, notam-se inseguranças a nível de terrenos e colocação do toiro, falta-lhe imprimir carácter ao seu toureio, falta-lhe 'cuajo'. Deu volta após ambas as lides.

Os murubes de Fermín Bohórquez decepcionaram, quer pela apresentação, quer pelo comportamento. Bastos, sem remate e sem qualquer qualidade a nível de bravura, sendo a falta de força e uma bondade sem tranco a puxar a tourinha totalmente desajustada com o nível do festejo e da feira em questão.

Fotografia: mundotoro.com