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    "5ª Feira Nocturna": Espaço de Opinião III

    Tem saudades das corridas de toiros às quintas-feiras no Campo Pequeno? 
    Pois agora que estamos no defeso, iremos colmatar essa saudade com os artigos de opinião de Pedro Guerreiro. Sempre frontais e pertinentes...para um defeso a dar que pensar!!




    'Noção de modas!'

    Estamos num período difuso. Haverá quem ache que estamos bem, quem apregoe vitalidade e triunfalismo, quem ande à 'nora' e se deixe levar pela leviana corrente, quem defenda a antítese dos estados anteriormente mencionados, ou... quem vá de/e por modas.

    Modas... no sentido figurado de legião, na abreviatura mental que assombra pensamentos e opções, no panorama da Tauromaquia em Portugal. Viver de aspirações a outrem, de conveniências e interesses comuns, de mentes iluminadas por 'flashes'.

    As modas aplicam-se a vários campos da vertente taurina, correção, maioritariamente à vertente social taurina. Criticar é e sempre será fácil, o mais difícil será absorver críticas e retirar-lhes proveito. Que lógica... inexistente em Portugal.

    Falar da Crítica ou de Crítica Taurina, não é hostil, ao menos para mim (e englobando o Naturales) pois quem 'não recebe, não teme' e ter coerência e verdade nos padrões idóneos, por vezes vale mais que ter o cardápio cheio daqueles que cumprem 'acordos' com uma imperial no Main depois das Noturnas de Lisboa. Um 'mundillo' curioso, onde a parra sempre é maior que a uva e a acessibilidade é tão básica que todo o corretor ortográfico e a boa máquina são condecorados como 'kit comunicação social taurina'. Mas atenção, não quero contundo provocar um estímulo negativo a todos aqueles que se revejam capacitados para ingressar neste mundo, pois todos (ou quase) começaram do zero, do nada, das ambições desmedidas e da dita 'afición'. Tema já veterano mas como os costumes se mantêm, convém dar um 'lamiré' aos futuros 'expert´s'.

    O conhecimento, o estudo, a aprendizagem e as melhorias são fundamentais e constituintes da base de alguém que se considere aficionado (já nem aplico a categoria de crítico), porque não é só 'Aquele ferro pareceu-me bom' há que saber porque motivo foi realmente bom; 'Belíssima pega' há que saber os passos pelos quais se regem a pega... Porque quando se leem crónicas a apelidar de 'capinha' ao Matador de Toiros...!(?) Erguer espaços de Prata com conteúdo de lata, ter disposição para publicitar e partilhar gratuitamente até à exaustão, assinar as fotos de forma pomposa e realizar uma entrevista a alguém minimamente conhecido no ramo é de lei e resulta... numa cena usual e triste de um Mundo a carecer de 'Golegã Noturna' para animar. Querer ser bom a podar sem conhecer a cultura é complicado, como se diz 'Manolete si no sabes torear pa' qué te metes!'

    A Feira Nacional do Cavalo também constitui um atrativo social altamente contagiante. O São Martinho na Golegã deu lugar ao 'São Ébrio', figura enaltecida dia e noite, de forma contínua e sem limite atingível. Não é necessário avistá-la para retratá-la, as redes sociais fazem-no com orgulho. As casetas ou pavilhões darão lugar a 'club´s' ou simplesmente bares, e num futuro não tão longínquo os Cavalos serão vislumbrados através de fotografias. Ironias à parte (mas tome-se atenção!), estar na moda e bem socialmente interessa muito mais que a tradição e a cultura, contudo os fotógrafos aqui são menos que nas praças, e a troca pela 'selfie' é inevitável...

    Fazer gala do 'taurinismo' nestas alturas é preponderante, mas num seio como este, onde andará ele?



    Pedro Guerreiro