As suas gentes profundamente ligadas à terra era dela que tiravam a sua subsistência e sempre se habituaram a lidar com tudo o que a ela estava ligado. Por isso nunca dispensaram nos seus momentos de lazer, depois de terminadas as fainas agrícolas, manifestações de alegria, descontracção e até mesmo de destreza para descarregar a adrenalina acumulada durante um ano de intenso trabalho nas rudes e cansativas tarefas campesinas. Nessas manifestações nunca deixaram de estar integradas as célebres touradas à Vara Larga ou também denominadas à Moda Alentejana.
Mas o tradicional dia de S. Lourenço era o culminar dessa grande aficion enchendo por completo a hoje denominada Varela Crujo agora já centenária.
Mas muitos são os registos de manifestações taurinas na nossa cidade, como por exemplo a data de 4 de Janeiro de 1573 em que El-rei D. Sebastião acompanhado de alguns nobres da sua Corte assim como alguns dignitários locais lidaram toiros provavelmente na praça instalada na Praça actualmente denominada de Praça da República e da qual ainda restam vestígios do antigo touril debaixo das arcadas aí existentes.
Também digna de registo foi a Corrida Presidida pelo então Presidente da República General Craveiro Lopes e que teve lugar no dia 3 de Maio de 1954.
Igualmente há notícias de que no actual Terreirinho das Peças terá existido uma praça de madeira precursora da que da que hoje existe e que foi mandada edificar pelo Senhor Rafael Madeira importante lavrador e aficionado Bejense.
Daqui têm saído Cavaleiros, Forcados, um Matador e Ganadeiros de renome a nível Nacional.
Somos pois uma terra que tem sabido manter ao longo dos séculos um espírito de ligação à mais genuína ruralidade fazendo da criação dos toiros de lide e da sua ligação à Festa Brava um emblema do seu carácter eminentemente sincero.
De todo este espírito pretende agora ser acérrimo defensor o recentemente criado Círculo Taurino do Alentejo.