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    A Palavra à...

    O Naturales colocou 5 questões aos principais empresários taurinos do nosso país.
    Hoje: APLAUDIR


    “Continuamos a ser a empresa com o binómio de qualidade-preço mais acessível”

    É considerada por muitos a empresa Triunfadora da Temporada 2010, para o qual muito tem contribuído a estratégia dos preços populares. Domina já um grande número de praças no nosso país e encerrou em grande a temporada ao se associar aquele que foi o evento do ano, o fim-de-semana dedicado à Jornada Em Defesa da Festa Brava em Santarém. João Pedro Bolota e Luís Miguel Pombeiro são a cara visível desta empresa. Falamos da Aplaudir.

    1- Que praças empresariou nesta temporada que agora terminou e que balanço faz da sua gerência?
    A Aplaudir geriu as Praças de Santarém, Montijo, Beja, Nazaré, Azambuja, Alandroal, Crato, Aldeia da Venda e organizou ainda corridas na Póvoa do Varzim e em Setúbal. O balanço é positivo em termos de êxitos artísticos e ganadeiros embora tenhamos notado a crise o que nos faz pensar e repensar na temporada que se avizinha. Continuamos a ser a empresa com o binómio de qualidade-preço mais acessível em Portugal, o que muito nos honra e principalmente, constatar que outras empresas já começaram a baixar os preços e a seguir as nossas estratégias, não só nos preços como também no marketing e forma de promover as corridas.

    2- Dos espectáculos que montou qual destaca pela positiva e qual pela negativa?
    Destacamos todos os espectáculos pela positiva. Cometemos alguns erros, uns visíveis a todos e outros que apenas nós detectámos e que nos servem para delinear outras estratégias. Negativamente o que mais nos marcou foi um curro que saiu em Beja em Maio e que é imperdoável...

    3- Quais as estratégias que adoptará para combater a insistente crise económica na próxima temporada?
    Uma das situações será a diminuição do número de corridas. Neste momento as bolsas dos portugueses estão cada vez mais deficitárias e há que abdicar de muita coisa. Manter os preços baratos é imprescindível para manter viva a chama da afición mas há que cortar despesas a todos os níveis. Praças vazias e bilhetes caros não são o nosso lema e como tal poderá haver uma diminuição no número de corridas nalgumas Praças e até um aumento noutras. Depende de muitos factores.

    4- No próximo ano pretende manter, diminuir ou aumentar o número de praças sob gerência da sua empresa? E quais?
    Neste momento ainda é cedo para dizer o que iremos fazer. Em princípio manteremos as Praças que temos mas quanto a concursos de novas Praças existem algumas perspectivas que estamos a estudar cuidadosamente. Temos alguns objectivos em termos de novas Praças mas é cedo para falar disso.
    Não sabemos quais irão a concurso mas, por exemplo, no caso de Vila Franca da qual se fala que terminou o contrato, pensamos que a Misericórdia a deveria entregar à empresa de Ricardo Levesinho sem concurso, porque o trabalho realizado por eles foi excelente e deverá ter continuidade. É também tempo de que os proprietários dos imóveis, Praças de Toiros, pensem no futuro dos mesmos e saibam perceber os tempos que vivemos. Alguns já o fazem e realçamos todas as praças que gerimos directamente em que há esforços conjuntos para poder trabalhar de forma em que se pense o futuro e não se viva apenas em função do imediato.

    5- Como definiria o estado da Festa actualmente?
    A Festa está em franca progressão e principalmente numa fase de união. É necessário que todos os intervenientes da Festa convivam de forma sã e que dêem as mãos tornando-a mais forte. Haverá, como em todas as áreas, aqueles que destoam, mas que a breve trecho pagarão a factura das suas atitudes. Mas o tempo é de união porque todos podemos ser poucos para obstar a lutas que se avizinham renhidas e em que teremos menos meios de defesa. Repare que a nossa classe política nasceu e cresceu em gabinetes e em corredores do poder desconhecendo por completo as realidades do país real onde a Festa Brava se inclui. Não sabem que somos um espectáculo, uma cultura do povo e para o povo. As elites políticas são totalmente ignorantes em matéria de Tauromaquia e honra seja feita à actual Ministra da Cultura e ao Secretário de Estado e a outro nível ao Ministro da Agricultura. Mas de resto, salvo honrosas excepções e apenas no que toca a Presidentes de Câmara, a maioria não conhece a nossa realidade social, cultural e económica. O futuro da Festa está garantido pela juventude que cada vez mais adere como se viu na Jornada Em Defesa da Festa Brava. Mas é preciso que todos os empresários entendam e tenham a mesma politica de preços baixos para poderem ter praças cheias.