Header Ads

Feito com Visme

  • Últimas

    Conclusões das Mesas Redondas do IX Congresso Mundial de Ganaderos (Açores)


    1. MESA – SITUAÇÃO ECONÓMICA DA GANADARIA DE LIDE

    √ A qualidade na Festa requer um maior envolvimento do sector ganadero na economia do toiro.

    √ Os elevados custos de produção do toiro tornam insustentável a viabilidade da Tauromaquia tal e como a conhecemos, impedindo-a de ser um espectáculo que consiga competir com as ofertas de lazer existentes no mercado.

    √ Actualmente, a participação do sector ganadero no total da Festa representa 6%. É necessário atingir 11% para se conseguir cobrir os custos de produção.

    √ Existe uma necessidade premente de ajustar a oferta e a procura.

    √ A criação do toiro dever estar orientada para a obtenção de um toiro com emoção e bravura, um aspecto directamente relacionado com a melhoria do espectáculo.

    √ A falta de patrocínio, de investimento e de massa critica condicionam a modernidade da Tauromaquia.

    √ A transmissão de um compromisso responsável e coerente ajudará a Tauromaquia.


    2. MESA SEGURANÇA PROFISSIONAL DOS GANADEROS

    √ O nível de exigência relativamente ao toiro alcançou uns parâmetros que não são naturais.

    √ A falta de formação das autoridades, e a disparidade de bitolas usadas pelos veterinários, têm repercussões negativas.

    √ A atomização de regulamentos taurinos impede a coerência e uniformidade requeridas para o cumprimento dos requisitos exigidos.

    √ O melhoramento da capacidade económica da Festa assenta na procura de um espectáculo com maior qualidade, do qual o toiro é o pilar principal.

    √ O exponencial crescimento do número de festejos dos últimos anos não reverteu em beneficio dos ganaderos. É necessário ajustar a oferta e a procura.

    √ É necessário oferecer um espectáculo que tenha capacidade para surpreender. O excesso de conhecimento técnico dos toureiros, juntamente com a depurada selecção dos toiros, levou a que o espectáculo dos dias de hoje seja previsível.


    3. CONCLUSÕES DA MESA DE SANIDADE

    √ A solução para o controlo das doenças do rebanho, como unidade sanitária, deve ser combatida por todos os sectores envolvidos.

    √ Os métodos actuais de diagnóstico da tuberculose (IDtb simples e comparada) são os sistemas idóneos de luta contra a doença. O uso de gama-interferon deveria ser utilizado nos estados finais, quando a incidência desce até níveis muito baixos.

    √ O controlo da fauna selvagem tem cada vez maior importância na luta contra a tuberculose, sendo necessário exigir às administrações uma actuação eficaz para este controlo.

    √ O sector ganadero deve orientar os seus esforços e recursos para a investigação de sistemas de diagnóstico mais selectivos, além de aplicar tratamentos preventivos como, por exemplo, a vacinação.

    √ É necessário exigir às Administrações um protocolo sanitário específico para o touro de lide, que reconheça a sua especificidade.

    √ Há que solicitar às Administrações portuguesa, espanhola e francesa a elaboração de um acordo entre estes países que estabeleça os requisitos comuns para o movimento dos touros de lide.


    4. CONCLUSÕES – MESA DE MANEIO

    √ As fundas surgiram como uma necessidade de defesa contra a “presunção de culpabilidade”, constituindo actualmente uma ajuda para a rentabilidade da ganadaria.

    √ Quando o maneio do toiro de lide é bem executado, com boas instalações e realizado por bons profissionais, tem repercussões favoráveis na preparação do toiro de lide.

    √ É necessário ajustar o peso do toiro à sua estrutura óssea.

    √ É necessário dar a conhecer aos políticos europeus as necessidades do toiro de lide de modo a ser elaborada uma normativa coerente sobre o bem-estar animal do toiro de lide.

    5. MESA VALORES COMPLEMENTARES DA GANADARIA

    √ É necessária uma correcta exposição dos valores ambientais da ganadaria de lide como forma de potenciar o turismo rural e ecológico.

    √ O Projecto Taurismo (desenvolvido pela Mesa do Toiro) poderá tornar mais coesa a oferta, além de amplificá-la, levada a cabo por várias ganadarias e administrações.

    √ É preciso desfraldar a bandeira da manutenção do ecossistema montado na sociedade, devido aos seus valores económicos e de conservação.

    √ O toiro de lide é o animal que melhor se adequada às condições do ecossistema montado.

    √ A criação da marca de qualidade na carne de toiro de lide pressupõe o aproveitamento das bondades/virtudes da raça de lide, repercutindo positivamente na rentabilidade da economia das ganadarias.