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    A outra “TOURADA” de Albufeira

    Como já aqui relatei na crónica da Corrida Ruedo Ibérico – Algarve, que se realizou no passado dia 28 de Julho na Monumental de Albufeira, esta corrida foi repleta em peripécias, como se pode constatar de seguida.

    Deficiente assistência por parte dos Bombeiros:
    Após consumar a pega, o forcado Joel Zambujeira dos Amadores de Cascais, deslocou-se à enfermaria da praça onde foi assistido pela médica de serviço, que por sua vez deu ordem aos bombeiros para que o forcado fosse transferido para o centro de saúde local. O bombeiro que chefiava o piquete destacado para a praça entrou em contacto telefónico com o seu comandante, que lhe deu ordem para que o forcado só fosse evacuado depois da chegada de outra ambulância. Entretanto e após muita insistência e quando o forcado já se preparava para ser transportado numa viatura particular, os bombeiros decidiram entretanto transportá-lo para o centro de saúde, onde foi visto pelo médico de serviço que informou os bombeiros que perante a situação clínica do forcado, este deveria de ser transportado para Faro. Foi então já no hospital de Faro que o forcado teve ser subir ao bloco da cirurgia para fazer uma reconstituição do maxilar superior frontal que estava fracturado, com quatro dentes partidos e o lábio inferior completamente trucidado e que teve de ser soturado com cerca de trinta pontos (ver fotografias).
    A questão que aqui deixamos é porque é que os bombeiros estão presente na praça de toiros de Albufeira, se só evacuam feridos depois de lá estar outra ambulância. Ou estão lá duas de prevenção e quando sai uma fica outra, ou mais vale ligar para o 112 que sempre é mais rápido. Esperamos que tenha sido uma situação isolada, pois os bombeiros merecem todo o nosso apoio e respeito, mas tem que cumprir com os mínimos de assistência.


    Intervenção excessiva da Guarda Nacional Republicana.
    Durante a lide do matador de toiros Sérgio Santos “Parrita” a GNR chegou junto dos fotógrafos de serviço na praça, onde eu estava incluído, e ordenou que todos nos fossemos apresentar à médica de serviço, sob ameaça de acabar com a corrida. Como todos nós estávamos devidamente credenciados, informámos a GNR que estávamos a trabalhar e que no final da lide nos iríamos apresentar à medica tal como ela tinha “ordenado”. Entretanto, os guardas tentam usar a força para levar um colega fotógrafo e inicia-se uma confusão enorme na trincheira que em nada dignifica a festa brava, com o matador de toiros a ter que interromper a sua lide, pois não estavam criadas as condições para prosseguir a faena em “segurança”. O sr. director de corrida, Pedro Reinhard, apenas mandou o diestro prosseguir a lide sem se preocupar com o que se passava na trincheira. Depois de todo este “espectáculo” ficámos a saber junto da médica que ela queria ver todas as fotos para “censurar” algumas que alegadamente teriam sido tiradas na enfermaria. Após todos os esclarecimentos ficámos a saber que tudo tinha sido “provocado” pelo bombeiro que comandava o piquete na praça, com receio de que fosse publicado algo que o comprometesse durante a demora em evacuar o forcado Joel Zambujeira.

    Vítor Besugo
    (Sub-director de Naturales - Correio da Tauromaquia)