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    “Arte de Marialva” e “Rejoneo”. Duas Artes em fusão?

    Informa: Paulo Pereira


    Nunca como hoje em dia se discutiram tanto as semelhanças e as diferenças entre o toureio a cavalo, praticado pelos cavaleiros portugueses e o rojoneio, praticado pelos cavaleiros espanhóis.

    O toureio a cavalo é tão antigo quanto as nacionalidades ibéricas dominantes. O toureio a cavalo dito à portuguesa têm a sua matriz na “Arte de Marialva”, como ficou conhecida a herança equestre e tauromáquica do 4º Marquês de Marialva, D. Pedro de Alcântara Menezes (1713-1799), Estribeiro-Mor do Rei D. José I (1714-1777). Os cavaleiros portugueses trouxeram do picadeiro para as arenas uma equitação com fortes bases académicas que adaptaram ao combate com o toiro, nunca tendo perdido, ao longo de dois séculos, o seu aspecto senhorial que vai desde a sua atitude em praça, ao modo de vestir (estilo Luis XV) e aos próprios arreios das montadas (século XVIII).

    Em Espanha, com a proibição de a nobreza tourear a cavalo, decretada por Filipe V, em 1670, a prática do toureio equestre passa quase ao esquecimento, só retomando presença de crédito nas arenas com o rojoenador D. Antonio Cañero (1885-1952). Cañero trouxe para a praça o movimento, a cor e o improviso das fainas de campo no maneio do gado bravo, nas quais a intuição se sobrepõe às regras convencionais da equitação. A partir dos anos sessenta do século XX, com o surgimento de rojoneadores como Álvaro Domecq (filho), Manuel Vidrié, Leonardo Hernánez (pai) e mais modernamente Pablo Hermoso de Mendoza, a “Arte de Marialva” e o “Rejoneo” iniciam um processo de aproximação, contestado por uns e considerado irreversível por outros.

    Na corrida desta noite, A Grande Corrida CORREIO da MANHÃ, estarão em praça as máximas figuras da “Arte de Marialva”, o cavaleiro António Ribeiro Telles e Pablo Hermoso de Mendoza, expoente máximo da fusão artística entre a “Arte de Marialva” e o “Rejoneo”, juntamente com João Ribeiro Telles júnior um dos mais firmes valores da nova geração de cavaleiros tauromáquicos.

    Pegam os carismáticos grupos de forcados Amadores de Santarém e de Lisboa e serão lidados seis poderosos toiros da ganadaria Passanha.