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    Em Defesa da Festa Brava
    Por: João Pereira Palma

    Numa época em que a tradição tauromáquica está a ser fortemente atacada por activistas radicais dos direitos dos animais, precisa de ser defendida a todo o custo, sob pena de se perder uma das mais importantes e vincadas tradições do nosso povo.
    É curioso observar que os maiores opositores deste nosso costume são, por norma, pessoas distantes da realidade rural e portanto distantes dos próprios animais, o que provoca uma intriga - como é que alguém pretende atacar algo que não conhece?
    No entanto, aqueles cujas vivências estão intimamente ligadas à tauromaquia, tendem a interpretar as corridas de toiros como um culto ao animal e uma demonstração de profundo respeito pela sua nobreza e bravura, fazendo com que se preserve a sua natureza e as suas características únicas.
    Do ponto de vista humano, que é considerado universalmente um valor soberano em relação a todos os outros, a festa brava é motivo de união intra e inter-familiar, onde se cultivam os mais puros valores, como a amizade, valentia e solidariedade. Valores estes que vão sendo transmitidos entre gerações e são sustento emocional de muitas comunidades, criando um sentimento de pertença entre os seus membros.
    Assim sendo, é fácil de perceber que, para além de ser uma tradição auto-identificativa do povo português, a tauromaquia é extremamente benéfica do ponto de vista humano, exactamente por transmitir ideais intrinsecamente positivos e congregadores da comunidade.
    Quem quer acabar com a nossa festa, diz-se “amigo” dos animais (embora nunca tenha conhecido a sua essência), mas então, justifica-se por isso ser inimigo das pessoas? É provavelmente devido a atitudes como esta, a que infelizmente assistimos diáriamente, que estamos a atravessar uma época de acentuada crise de valores, onde a solidariedade e a partilha começam a ficar de fora do nosso dia-a-dia.
    Defendam a cultura, ela faz parte do nosso património e é um espelho do mundo real: ensina-nos a lidar com a vitória e a derrota; a alegria e a tristeza; a vida e a morte, não tendo o homem o controlo sobre todos os factores, estando inevitavelmente exposto a imponderáveis. Existirá melhor escola de valores do que esta?