Vila de Cuba já conta com a sua praça de toiros

NATURALES
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CUBA (texto y fotos de VITOR BESUGO, enviado especial de NATURALES, CORREIO DA TAUROMAQUIA IBERICA).- Vila de Cuba já conta com a sua praça de toiros. O relógio assinalava 17 horas em ponto, quando Francisco Orelha, presidente da Câmara Municipal de Cuba, o general Manuel Monge, Governador Civil de Beja e Maurício do Vale, conhecido critico taurino, descerraram a placa que assinalava a inauguração da praça de toiros de Cuba.
Já no interior da mesma tomaram da palavra o Padre Daniel que benzeu a praça, Maurício do Vale, que aproveitou para felicitar a edilidade pela adquisição desta mais valia para os aficionados de Cuba, e finalmente Francisco Orelha que esclareceu que o valor total da obra foi de 220 Mil Euros e que a lotação da praça é de 3.200 lugares.
Após toda esta cerimónia de inauguração deu-se início ao espectáculo, onde actuaram Luís Rouxinol, Marco José e Vítor Ribeiro, assim como os forcados amadores de Évora e Cuba que lidaram um curro de toiros bem apresentados de António José Teixeira, que deram bom jogo no geral, embora talvez devido á muita areia existente na praça, perdessem as forças com mais rapidamente.
Durante as cortesias homenageou-se o cavaleiro José João Zoio com um minuto de silêncio.
Luís Rouxinol abriu praça, com uma lide positiva, só foi pena que o toiro não tivesse mais poder, para transmitir emoção nos ferros. Terminou a sua primeira actuação com o tradicional para de bandarilhas. No seu segundo, Luís Rouxinol realizou a melhor actuação da tarde, e que foi no final justamente reconhecida com o troféu de melhor lide. Rouxinol entendeu o toiro que tinha pela frente, preparou bem as sortes, com uma bonita brega, e com a colocação dos ferros a levarem a emoção às bancadas.
Marco José teve duas actuações idênticas, onde nos parece apático sem o fulgor que o caracteriza, no final viemos a saber que o cavaleiro encontrava-se indisposto, e que chegou a estar em causa a sua actuação no seu segundo toiro da corrida. Ainda assim, Marco José levou a emoção as bancadas quando na sua segunda actuação deixou dois ferros de violino em sortes frontais que já são a sua marca.
Vítor Ribeiro na primeira actuação procurou andar sempre ligado, a ir de frente para o toiro, a deixar ferros ao estribo, com destaque para o palmito com que culminou a primeira lide. Na lide que fechava a corrida, Vítor Ribeiro apanhou pela frente o toiro mais reservado da corrida, que desde cedo procurou refugio nas tábuas, mas o cavaleiro de Almada, não se encolheu e optou por deixar os ferros em sortes a sesgo, de muito valor.
A forcadagem esteve por cima dos toiros e todas a pegas foram consumadas á primeira tentativa.
Coube Francisco Tadeu dos Amadores de Évora a honra de realizar a pega que fica para a história, como a primeira realizada nesta praça. Francisco Tadeu já tinha tido esse privilégio, na reinauguração do Campo Pequeno quando pegou um toiro no Festa de Inauguração realizada por Filipe La Feria.
Assim na primeira pega desta tarde em Cuba, quando Francisco Tadeu, começou o cite ao toiro, este ao derrotar no burladero, desembolou-se, com o publico a entrar em alvoroço e a pretender que o forcado desfizesse a pega, o próprio director de corrida mandou tocar o clarim, mas o forcado manteve-se sereno e concretizou numa emocionante pega. Seguiram-se os forcados Manuel Revisco e António Moura Dias.
Pelos Amadores de Cuba foram solistas Eduardo Mimoso, Vítor Canilhas e o cabo José Horta, na que foi a melhor pega da tarde, com o forcado a aguentar vários derrotes do toiro. No final e também justamente José Horta recebeu o troféu para melhor pega.
Hoje 5, Agosto 2025