Os toiros vieram de Espanha, da ganadaria de “El Madroñal”, tinham todos 3 anos de idade, e estavam bem apresentados, o primeiro da tarde a ser o maior do lote, a pesar para cima de 500 kg, mas que no seu conjunto saíram com pouca transmissão, sendo mesmo o quinto da ordem, o mais reservado, que pouco ou nada andava para o cavalo.
Sobre um calor intenso e abafado, abriu praça o cavaleiro Tito Semedo que no seu primeiro teve uma lide correcta, mas sem conseguir aquecer o ambiente. No seu segundo veio disposto a triunfar e começou com uma sorte de gaiola, que lhe veio custar um forte toque na montada, o que não deixa de ser alheio, o facto da arena ser de dimensões bastante reduzidas, que em muito dificulta este tipo de sorte. De seguida Tito teve que inventar uma lide, pois o toiro parou-se e pouco ou nada andava, mas ainda assim o cavaleiro de Santana da Serra, foi para cima do toiro e conseguiu com muito esforço colocar bons ferros.
Sónia Matias no seu primeiro destacamos os dois bons ferros curtos a abrir o quarteio e ainda o violino que entusiasmou o público presente. Na segunda parte surgiu a lidar o quarto toiro da ordem, por troca com Tito Semedo, pois a cavaleira, tinha que honrar outros compromissos já agendados, mas a sorte também não esteve do seu lado, pois o toiro era bastante reservado e desde cedo começou a refugiar-se em tábuas, mas Sónia conseguiu ainda assim colocar alguns bons ferros, com destaque para o segundo curto colocado a sesgo, seguindo-se o seu melhor ferro desta tarde, numa sorte frontal, bem desenhada, e terminou com uma rosa também ela em sorte frontal.
António Maria Brito Paes, um cavaleiro que se encontra muito bem montado e este ano a tourear mais do que nunca, andou sempre ligado ao seu primeiro “Medroñal”, começou com a colocação dos ferros compridos com cites de praça a praça, e depois nos curtos teve uma cuidada preparação das sortes, com bons momentos de toureio. No seu segundo e último da corrida, assistimos á melhor lide desta tarde quente, em Aljustrel. Mia esteve correcto nos compridos, para depois nos curtos deixar os primeiros ferros em sortes cambiadas, para continuar uma lide muito personalizada, com boa preparação dos ferros e depois a culminar a cravagem, os sempre importantes adornos. Terminou com dois palmitos de boa nota.
Quanto ás pegas a ansiedade era muita, tanto por parte dos forcados, como dos aficionados, pois ainda há relativamente pouco tempo a ganadaria “El Medroñal” complicou a vida aos rapazes das jaquetas de Cascais e Beja, na localidade vizinha de Garvão. Desta vez os forcados estiveram por cima dos toiros, pois ambos os grupos mostraram coesão nas ajudas, e eficiência por parte dos forcados da cara, ainda que o terreno estivesse bastante pesado, devido á muita areia, que dificultava o recuar no momento da pega.
Os Amadores de Cascais pegaram todos os seus toiros á segunda tentativa, por intermédio de Hugo Bilro, Joaquim Faísco e Luís Amador. Destaque neste grupo para as três decisivas primeira ajudas do forcado José Miguel Pirrolas, que foi justamente chamado á praça na última intervenção dos capitaneados por Pedro Marques.
Pelos Amadores de Beja pegaram os forcados João Fialho á primeira tentativa, Mauro Lança á terceira e finalmente José Miguel Falcão também á primeira, que contou também com uma valorosa primeira ajuda de Rui Saturnino, que no final também deu volta com forcado e cavaleiro.
Em disputa estavam os troféus atribuídos pelo município de Aljustrel, para a melhor lide a cavalo, que foi entregue a António Maria Brito Paes, pela lide ao último toiro da tarde, e para a melhor pega que premiou o forcado João Fialho dos amadores de Beja.
Dirigiu a corrida sem problemas o Sr. António dos Santos.
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REPORTAJE FOTOGRAFICO DE ESTA CORRIDA,
EN PRÓXIMAS HORAS, AQUI EN NATURALES