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    EDITORIAL : faz falta um(a) revolucionário(a)

    Numa altura em que o panorama taurino português é constantemente assolado de investidas por parte daqueles que se proclamam “anti-taurinos”, urge do lado do aficionado, lutar e defender com firmeza pela nossa Tauromaquia.
    No entanto
    nem só de protecção precisa a Festa Brava para subsistir. É necessário cultivar o gosto por uma tradição tão rica da nossa História, principalmente nos jovens, nas crianças, eles que são o futuro do nosso país, para que dêem continuidade à Festa dos Toiros.
    Infelizmente somos uma nação que nem sempre dá valor ao que tem, desprezamos os nossos costumes e o peso da herança que os nossos antepassados nos legaram, abonando os estrangeirismos e as modernices.
    Mas se a educação taurina é importante alicerce na formação do aficionado futuro, então que essa seja digna e correcta.
    Actualmente,
    assiste-se cada vez mais à invasão da nossa Arte de Marialva, pelo rejoneio. E o público desaprende as regras fundamentais do que é tourear a cavalo à portuguesa, apreciando um tipo de toureio que se rege essencialmente mais por acrobacias de equitação do que propriamente por toureio.
    Cada vez mais, vamos perdendo a ilusão no toureio a pé em Portugal, com matadores lusos que não se impõem, que não competem e que se acomodam.
    Temos hoje um toiro que muitas vezes de bravo só o nome, de tanta manipulação, selecção, cada vez mais moldado ao gosto de um ou outro toureiro, que impõe tal e qual ditadura.
    E daqui para a crítica tendenciosa vai um passinho. Com gente que esconde a verdade por detrás da bajulação gratuita, do fanatismo exagerado e sem coerência que acaba por influenciar o aficionado, que nunca aprendeu as bases, que se limita a ler a imprensa taurina, fazendo-se crer nos que se dizem entendidos. E é por isso, que é fundamental incrementar e fomentar a Tauromaquia na juventude, mas com um ensino de qualidade.
    Chegou-me hoje às mãos,
    uma imagem de um anúncio de uma tenta pública, em 1965 no Campo Pequeno em que sobressai a frase ”Os segredos do toureio revelados ao grande público” e fiquei sentida. Como se fomentava o gosto pela Tauromaquia naquele tempo, como se investia na formação do aficionado, como se dava importância ao toureio a pé e com grandes referências. Hoje não temos essa sorte. Contentamo-nos com as corridas de toiros, onde muitas vezes não se prima pela qualidade do toureio e muitos já parecem nascer ensinados.
    Há, de tempos a tempos, uma ou outra iniciativa mais vocacionada ao jovem e ao toureio a pé, como o “À procura de novos toureiros”, na praça de toiros do Campo Pequeno, mas de que vale procurarmos um toureiro se não fomentamos o gosto pelo toureio a pé no público em geral?
    Precisamos aliciar os novos, levar o toureio junto das escolas por exemplo, incrementar a tradição da Tauromaquia na juventude de hoje, para que de futuro a Festa Brava se mantenha viva e de boa saúde.
    Haja agora um revolucionário que tenha coragem de implementar medidas que visem a educação com qualidade na juventude e até, porque não, no aficionado comum, pois não podemos deixar morrer a nossa Tauromaquia, e é preciso que se destapem muitos embustes do que se diz ser bom toureio actual e que na verdade não o é, assim como desmistificar muitas fábulas de mestres sem justo conhecimento para tal.
    Por uma afición com qualidade e futuro, uma revolução precisa-se! Um novo 25 de Abril, porque não?!.
    PATRICIA SARDINHA
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    "imagem cedida por R.C." . Podem ver mais grande e com detalhe premendo sobre ela...