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    Las polémicas declaraciones de Manuel Jorge de Oliveira llevaron a miles de aficionados a comprar O MIRANTE

    PONTEVEDRA/LISBOA/MOURAO (NATURALES).- El semanario O MIRANTE vendio este jueves y viernes más ejemplares de lo habitual. En realidad no es novedad, el semanario más importante, más grande y más influyente de toda la prensa regional de Portugal, está acostumbrado a arreones importantes -en positivo- en sus ventas. Buena parte de "culpa" de la subida de esta semana, habrá sido por las "bombásticas" declaraciones del veterano cavaleiro Manuel Jorge de Oliveira que ha dicho verdades como templos en la edición d esta semana de O MIRANTE.
    Les invitamos a leer esta apasionante entrevista con MANUEL JORGE DE OLIVEIRA...
    Cresceu paredes-meias com cocheira da casa Ortigão Costa em Azambuja. Aos seis anos começou a montar a cavalo e a perseguir o sonho de ser cavaleiro. Manuel Jorge de Oliveira, apontado como um dos melhores de sempre, tem 50 anos e já leva mais de trinta como profissional, mas desiludiu-se com o rumo que a festa levou. É a criação de cavalos e a equitação que ocupam os seus dias.
    Tem como filosofia não apadrinhar muitos cavaleiros. Esteve na alternativa de Paulo Jorge Ferreira, um cavaleiro de Azambuja, e na de Carlos Arruda. É uma estratégia?
    Não estou de acordo com as alternativas que se tiram com esta facilidade. É uma arte muito bonita e difícil e quando se dão alternativas assim em vez de se dar categoria à arte está a tirar-se. Quando se obriga as pessoas a pagar um bilhete para ir para uma praça de toiros tem que haver garantias. Nem toda a gente pode jogar no Benfica ou no Sporting. Há muitos cavaleiros que sendo boas pessoas deveriam levar carreira de amadores e não como profissionais.
    Quer dizer com isso que há falta de qualidade?
    Só deve ser cavaleiro quem tiver gabarito artístico já de um certo nível para garantir um bom espectáculo.
    Mas isso será culpa também dos cavaleiros da praça que cedem a alternativa.
    Em Portugal mistura-se muito profissionalismo com família e amigos. Eu, que vou muitas vezes ao estrangeiro, não sinto lá isso. Um pai não olha para o filho como pai no plano profissional. A gente cá, mesmo nos negócios, ouvimos dizer: “Sou seu amigo veja lá o que pode fazer”. É uma forma de estar na vida, mas na minha perspectiva não é correcta.
    Ajudou o Paulo Jorge Ferreira de Azambuja.
    Sim, está na Califórnia a tourear em grande.
    Mas acha que faz sentido que um cavaleiro tenha que ir para a América para fazer carreira?
    Não sei o que se passou com esta democracia portuguesa. Todos os miúdos que não tenham condições económicas têm dificuldades. O circuito está só para quem tem possibilidades económicas. Os toiros transformaram-se num negócio fechado. O grande falhanço económico do mundo ocidental tem a ver com a corrupção. O mundo dos toiros é corrupto ao mais alto nível. Tal como o futebol. No futebol sabemos o que se passa. Nos toiros ainda não, mas se calhar um dia saberemos. Quando falo em corrupção quero dizer que ninguém mexe um dedo sem ter dinheiro por trás. O tipo que abre a porta tem que ter dinheiro senão não abre a porta do toiro. Em relação a mim e a pessoas como o João Moura há respeito, mas há rapaziada de 20 e 30 anos que paga para tourear.
    É um contra-senso. Pagar para tourear. E como é que se movimenta neste mundo de corrupção?
    Tenho já muita ginástica. Sei como hei-de entrar e como sair. Falo com as pessoas certas na altura certa. E há muita gente com quem não devemos falar no mundo dos toiros.
    Manuel Jorge de Oliveira é apontado como um dos maiores cavaleiros de sempre em Portugal, mas tem andado um pouco fugido destas lides.
    Tem a ver com isto. Não tenho andado arredado 100 por cento, mas um pouco. É impossível negociar com parte destas pessoas que estão nos toiros. Não posso, ao fim de 40 anos de carreira, pagar para tourear. Nem devo, até por uma questão de exemplo. Mas hoje em dia nos toiros há muita gente que funciona assim. Em vez de fazer 40 corridas faço só dez ou doze.
    Tem recusado muitas?
    Não posso dizer isso, mas as pessoas que estão nos toiros conhecem-me e sabem que não vale a pena a abordagem para entrar em certos esquemas.

    SIGA LEYENDO AL COMPLETO ESTA ENTREVISTA DE O MIRANTE PULSANDO AQUI
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    DOCUMENTACION :

    MANUEL JORGE NO ES UN CUALQUIERA...
    Manuel Jorge de Oliveira, um grande senhor da vida tauromáquica. Para muitos em tempos passados, dos melhores cavaleiros tauromáquicos. Manuel Jorge Martins de Oliveira, nasceu na Azambuja a 23 de Fevereiro de 1959. Desde tenra idade que monta a cavalo.
    Na equitação teve como mestres os seus conterrâneos José Vicente e Dionísio, foi ainda aluno da figura ímpar da equitação mundial, que deu pelo nome de MESTRE NUNO OLIVEIRA.
    A sua primeira experiência taurina, foi com apenas 10 anos de idade, quando participou numa vacada a favor dos Bombeiros Voluntários da Azambuja.
    Em Alcochete, a 23 de Maio de 1976, prestou provas para cavaleiro praticante.
    A alternativa de cavaleiro tauromáquico, teve lugar na Praça de Toiros do Campo Pequeno, em Lisboa, a 2 de Junho de 1977, numa corrida da Associação de Comandos. Foi padrinho da alternativa JOSÉ JOÃO ZOIO, sendo testemunhas Luís Miguel da Veiga, José Luís Sommer de Andrade, Gustavo Zenkl e João Moura. O já desaparecido cavaleiro Gustavo Zenkl substituiu o saudoso José Mestre Batista, que havia sofrido um acidente dias antes da corrida, quando treinava. As pegas foram da responsabilidade dos Forcados Amadores de Santarém e Forcados Amadores de Montemor-o-Novo. Foi lidado um curro de toiros, da ganadaria de Ortigão Costa. Montando os cavalos ELMO, de ferro Veiga e BAFEJADO, de ferro Ortigão Costa, MANUEL JORGE DE OLIVEIRA, lidou o toiro da alternativa, que dava pelo nome de "Pandereto" e pesava 456 Kgs.. Vestiu nessa noite uma casaca azul e oiro.
    O debute além fronteiras ocorreu no ano de 1979, na Real Maestranza de Sevilha, tendo para além de Mestre João Branco Núncio, sido o único toureiro português a apresentar-se além fronteiras, directamente numa importante Feira Taurina. No ano de 1979, apresentou-se na Feira de San Isidro, em Madrid, cortando uma orelha em cada toiro, tendo no final saído em ombros.
    Nos anos de 1979 e 1982, conquista em França o "Rojão de Oiro".
    MANUEL JORGE DE OLIVEIRA protagonizou em 29 de Maio de 1988 na Praça de Toiros da Azambuja, um acontecimento inédito em Portugal, ao encerrar-se na lide de seis toiros da extinta ganadaria do Bodeal da Rainha, lidando quatro toiros a cavalo e dois a pé.
    Ao longo dos seus mais de 30 anos de alternativa, apenas concedeu a alternativa a 25 de Agosto de 1983, a Carlos Arruda (já retirado), na Praça de Toiros do Campo Pequeno em Lisboa e a 3 de Agosto de 2001 ao francês Bernard Guillibert, na Praça de Toiros de Cascais e a Paulo Jorge Ferreira na Praça de Povoa de Varzim.
    Ao longo de trinta e três anos de carreira e vinte e cinco anos de alternativa, o cavaleiro MANUEL JORGE DE OLIVEIRA participou em mais de mil corridas e lidou mais de dois mil toiros, tendo utilizado mais de cem cavalos, com a particularidade de todos eles terem sido postos por si, a enfrentar os toiros nas arenas, nunca tendo adquirido montadas já postas a tourear.
    Das montadas que dispôs, apenas duas éguas fizeram parte da sua quadra, a "MÁ-FÉ", sendo esta última ainda viva, encontrando no campo o descanso merecido. Na época áurea da carreira do cavaleiro da Azambuja, foi imprescindível a colaboração de uma montada, que tal como o seu amo e senhor, também ficou na história do toureio, trata-se do celebérrimo "BAFEJADO". O "FOGUETE" foi outro cavalo polémico e famoso, que serviu na quadra de MANUEL JORGE DE OLIVEIRA.
    MANUEL JORGE DE OLIVEIRA, criou um estilo de toureio que fez escola, tendo na actualidade nas arenas discípulos, como as francesas Lídia Artamont e Elena Gayral, o francês Bernard Guillibert, os cavaleiros portugueses Filipe Gonçalves e Paulo Jorge Ferreira.
    Ao longo da carreira MANUEL JORGE DE OLIVEIRA, foi distinguido por inúmeros troféus, que premiaram o melhor cavaleiro da temporada e as melhores lides a cavalo. Para além do toureio,o cavaleiro da Azambuja, é muito solicitado para ministrar estágios de equitação além fronteiras, percorrendo vários países da Europa. As comemorações dos seus vinte e cinco anos de alternativa, tiveram lugar na localidade da Azambuja, no dia 26 de Maio de 2002. Manuel Jorge de Oliveira continua a ser uma grande referência tauromáquica para todos aqueles que vêem na tourada uma forma de arte e cultura.