Mundo taurino fala alto e claro, sem complexos pelos agressões à festa brava

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ANGRA DO HEROISMO (Lusa e outras fontes).- As duas centenas de participantes no Fórum Mundial da Cultura Taurina, concluíram hoje que "não se sentem complexados diante das agressões daquelas que tentam acabar e destruir o legado cultural que é a festa brava".
A declaração final apresentada pelo matador de touros, Victor Mendes, sustenta que "a tauromaquia é uma expressão das raízes mais profundas da cultura dentro das suas múltiplas variedades nacionais e locais".
No documento garante-se que "a criação do touro, base e elemento fundamental do espectáculo, destaca-se pelo seu actual ecologismo, numa grande defesa dos ecossistemas onde existe e se desenvolve tanto na América como na Europa".
Os participantes realçaram que "o legado cultural [da festa brava] desenvolvido ao longo dos séculos serviu de escola de vida para gerações e gerações de cidadãos de bem e igualmente como nexo de cultura".
Consideraram ainda que "os que jogam a vida diante do touro a provocar ou expressar sentimentos tão profundos, são na realidade intérpretes de um ritual que se apoia em normas éticas baseadas essencialmente no máximo respeito pelo animal".
Por isso, reafirmam "as suas convicções através de um intercâmbio de ideias políticas, morais e cientificas em prol da defesa da festa" [brava].
Em sua defesa argumentam que "é uma actividade cultural que entra já no terceiro milénio com vocação para servir de exemplo e de guia de valores".
Quanto à globalização, criticam-na pelo facto de "impor os seus critérios contra a diversidade cultural e a liberdade de pensamento".
Apelam nesse sentido a que "as ideias e o espírito que resultaram dos trabalhos do fórum sejam divulgadas com entusiasmo para que se crie uma robusta e forte barreira" à imagem do anticiclone dos Açores, que "proteja a festa dos touros dos intempestivos ataques que recebe".
Promovido pela Tertúlia Tauromáquica Terceirense (TTT), o Fórum Mundial da Cultura Taurina decorreu na ilha Terceira desde a passada quinta-feira com a presença de especialistas de onze países.
Portugal, México, Colômbia, França, Peru, Equador, Venezuela e Espanha e representantes dos clubes taurinos de Londres, Milão e Nova Iorque fizeram uma reflexão sobre a Literatura, a Ecologia, a Política, a Filosofia, a Estética, a Ética e o Direito no mundo taurino.