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    Crónica da corrida em Amieira: “Sem ovos não se fazem omeletes”


    A castiça Praça de Toiros em Amieira recebeu na tarde do passado sábado a sua tradicional corrida de toiros por ocasião das festas locais.

    Guardada que esteve das trovoadas que deram nas vistas em concelhos vizinhos, Amieira pôde realizar o seu festejo com cerca de ¼ de casa (bem composto o tendido da sombra), mas sem “ovos”, que é como quem diz, sem toiros, não se podem fazer omeletes.

    A ganadaria de Manuel Cary enviou um curro desigual de apresentação e idades (uns ferrados com o 4, outros com o 5 e também com o 6), mas todos pequenotes e que em comportamento praticamente foram todos repetentes no desinteresse mostrado nos cavalos, o que limitou o espectáculo.

    Luís Rouxinol com o primeiro do seu lote, um bisco incerto de investida e aos arreões, porfiou ofício para manter ligação com o toiro, cumprindo sem no entanto brilhar. Voltou a não ter matéria para luzir com o segundo do seu lote, animal distraído, sempre a descair para tábuas, e que não se empregava no cavalo. Rouxinol fez o que podia e a mais não era obrigado.

    Também Manuel Telles Bastos viu as suas actuações condicionadas pelo comportamento das reses. Andou sempre solto e distraído o seu primeiro, pelo que cumpriu sem grande deslumbre, com a ferragem da ordem. Com o segundo do seu lote, outro animal distraído, não andou tão certeiro a cravar e actuação voltou a passar discreta.

    Duarte Pinto viu-se com o lote mais potável. O primeiro ainda deu indícios do comportamento igual aos irmãos, a sair com mais sentido na trincheira do que na montada, mas os dois compridos correctíssimos de Pinto, alteraram o comportamento do toiro que acabou por vir a mais. Uma prestação correcta, com sortes frontais e ferros à medida, levaram a que fosse esta a lide com mais conteúdo da tarde. Já com o último, o único que saiu ao ruedo com disponibilidade no cavalo, Duarte Pinto não teve actuação tão consistente, ainda assim regular.

    Nas pegas, pelos Amadores de São Manços, pegou Helder Passos à segunda, depois de no primeiro intento o toiro ter arrancado, precipitando-se a pega; e Jorge Silva à primeira, com o toiro a partir com alguma pata mas sem fazer maldade.

    Pelo Grupo de Monsaraz, Carlos Polme concretizou à primeira sem problemas e com o toiro a levar a cara por direito; e uma boa pega de César Ferreira, rija à primeira.

    Pelos Amadores de Beja, Manuel Vicente consumou à segunda, com o toiro sempre a levantar a cara na reunião; e Alexandre Rato, com uma boa pega, à segunda.

    Dirigiu a corrida o Sr. Agostinho Borges, tendo o júri atribuído os Prémios de Melhor Cavaleiro e Melhor Grupo em praça, a Duarte Pinto e aos Amadores de Monsaraz, respectivamente.